Na avaliação clínica, no manejo ou no tratamento de pacient...
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Para compreender a questão apresentada, é essencial ter conhecimento sobre os efeitos e sintomas associados ao uso de diferentes substâncias psicoativas. A questão pede para identificar a afirmação incorreta em relação ao manejo e tratamento de pacientes com problemas de saúde mental e dependência de drogas ilícitas.
A alternativa C é a correta e INCORRETA na questão. Vamos analisá-la detalhadamente:
Alternativa C: Afirma que as anfetaminas provocam o bruxismo e os tiques, mas também diz que diminuem a atividade autonômica, gerando miose, sudorese e bradicardia. Esta combinação de efeitos não é típica das anfetaminas. Na realidade, as anfetaminas são estimulantes do sistema nervoso central e tendem a aumentar a atividade autonômica, causando midríase (dilatação da pupila), taquicardia (aumento da frequência cardíaca) e hipertensão, ao invés de bradicardia. Portanto, esta alternativa apresenta informações incorretas.
Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão corretas:
Alternativa A: Afirma que a maconha pode piorar quadros de esquizofrenia e atuar como desencadeador em pessoas vulneráveis. Isso é correto, pois a literatura científica indica que a maconha pode exacerbar sintomas psicóticos em indivíduos predispostos.
Alternativa B: Descreve os efeitos da cocaína, como euforia, aumento do estado de vigília, autoconfiança elevada e aceleração do pensamento. Estes são efeitos corretamente associados ao uso de cocaína, que é um potente estimulante.
Alternativa D: Discute erros comuns na abordagem terapêutica, como a ideia errônea de que a internação é a principal intervenção e que a dependência é uma questão de falta de vontade. Ambas são concepções incorretas no contexto do tratamento adequado, portanto, a alternativa destaca corretamente esses erros.
Alternativa E: Caracteriza a intoxicação por opioides, mencionando analgesia, euforia ou disforia, coceira, boca seca e constrição da pupila. Estes são sintomas corretos e comuns na intoxicação por opioides.
Com o entendimento claro dos sintomas e efeitos de diferentes substâncias, é possível resolver questões semelhantes com confiança. Pratique sempre a leitura atenta do enunciado e das alternativas para identificar inconsistências ou erros.
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Diversas evidências sugerem que o consumo de cannabis de alta potência (mais de 10% de THC) é fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicóticos como a esquizofrenia, além de estar mais relacionado com dependência e déficits cognitivos e educacionais. Os usuários frequentes de cannabis de alta potência têm um risco 5 vezes maior de desenvolver transtornos psicóticos comparado com não usuários. Em pacientes já diagnosticados com esquizofrenia, o consumo pode piorar os sintomas da doença. Além disso, vários genes estão envolvidos na relação entre consumo de maconha e esquizofrenia, o que faz sentido já que essa é uma condição de etiologia multifatorial, ou seja, é causada pela interação entre fatores genéticos e ambientais. Assim, indivíduos portadores de certas variantes genéticas que fumarem maconha tem maior predisposição para o desenvolvimento de transtornos psicóticos do que indivíduos não portadores – principalmente se for consumo frequente de maconha de alta potência durante a adolescência. Como nosso DNA não podemos mudar e o sequenciamento do genoma não é uma rotina, o que pode ser feito para prevenir o aparecimento de transtornos psiquiátricos como a esquizofrenia é evitar a exposição a fatores de risco ambientais. Estima-se que de 8 a 24% dos casos de psicose em diferentes países poderiam ser prevenidos se o consumo pesado de maconha fosse evitado.
https://www.ufrgs.br/farmacologica/2019/06/25/qual-e-a-relacao-entre-maconha-e-esquizofrenia/
As anfetaminas causam TAQUICARDIA, MIDRIASE, e AUMENTO da atividade autonômica.
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