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Q1731711 Português
NÃO EXISTE RELACIONAMENTO PERFEITO, EXISTE RELACIONAMENTO POSSÍVEL!

    Quando se fala em relacionamento a maior dificuldade não é lidar com o outro. Nossa maior dificuldade é lidar com a nossa mente, ou seja, com as expectativas e os sonhos que ela tem. É por isso que o terapeuta e espiritualista Luiz Gasparetto diz que não existe relacionamento ideal, existe relacionamento possível.
    Temos uma ideia muito distorcida de uma relação perfeita, porque nosso conceito de perfeição é uma cópia do que vemos nos filmes e livros. A partir deles fazemos um script da relação, de como ela deve ser, como o parceiro deve nos tratar, que falas ele deve dizer, quando deve dizer, como deve dizer. Fazemos uma peça perfeita em nossa mente, uma história de vários atos, com começo meio e fim, permeado de flores, promessas, presentes, casamento, casa, filhos e uma velhice tranquila ao lado do parceiro, com uma morte de preferência em conjunto e de mãos dadas. Fazemos todo um teatro com nossa imaginação e exigimos isso do outro. Assumimos um papel na relação e deixamos de ser naturais para nos tornarmos o personagem que aprendemos que devemos ser dentro de um relacionamento. Mas, quando os improvisos da vida fazem algum dos dois sair do roteiro nós fechamos as cortinas. Esperneamos, gritamos, choramos, nos decepcionamos porque as coisas não foram como “imaginávamos” e o espetáculo da relação acabou sem aplausos. Essa decepção tão constante em nossas relações vem do choque entre o imaginado e o verdadeiro.
    E por que imaginamos tanto?
    Porque temos um sério problema de não assumirmos nossas necessidades emocionais e acabamos as projetando nos outros. Então não vemos a pessoa como ela é, a vemos como nós queríamos que ela fosse. O resultado disso é que queremos criar pessoas artificiais, apagando a sua verdadeira personalidade, para ter alguém que na verdade não existe. Neste jogo o natural é sempre mais forte e uma hora ou outra ele acaba aparecendo. E os problemas surgem pelo simples fato de que nenhuma pessoa real vai poder competir com o ideal de parceiro que você faz na cabeça. É uma batalha perdida. Afinal, ninguém tem a capacidade para adivinhar o que o outro imagina, ou pra ser o que não é.
    Quando compreendemos que todas as pessoas têm suas limitações, que cada um tem uma personalidade própria e o direito de se manifestar como é, abrimos nosso coração para a oportunidade de viver um amor verdadeiro. Neste ponto ficamos diante de uma pessoa que realmente existe, e que na sua naturalidade, sem estar coberta por um monte de exigências, pode nos surpreender com seu jeito espontâneo de ser todos os dias. Talvez você nunca venha a viver o que imaginou, mas viverá algo muito melhor, dentro da solidez que a realidade traz.
    Viver um relacionamento real exige amadurecimento, força interior, estabilidade emocional e acima de tudo amor. É a ternura de olhar o outro como ele é, de amar quem está na sua frente e não na sua cabeça, é a compaixão de aceitar suas limitações, porque temos limitações também, e é um ato de coragem, de mesmo sabendo de seus pontos fracos e dos desafios de um relacionamento, aceitar dar as mãos e caminhar juntos nesta jornada de aprendizagens.
    Os relacionamentos existem pra isso. Para aprender. Não aprender necessariamente a lidar com o outro, mas sim conosco. Pois um relacionamento nos dá um espelho de nossas emoções íntimas. Aceitar se relacionar é aceitar se encarar: encarar nossos sonhos, expectativas, nossa paciência, bondade, aceitação, compaixão, ternura, fé, confiança, e acima de tudo, nossa capacidade de amar.

(https://osegredo.com.br/nao-existe-relacionamento-perfeito-existerelacionamento-possivel/ Adaptado. Acesso em 20/10/019)
Considerando o processo de formação de palavras, analise os enunciados a seguir e indique a alternativa correta:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa Correta: D

Vamos entender melhor o tema central da questão. A questão aborda a formação de palavras, um conceito fundamental da morfologia que estuda como novas palavras são criadas a partir de outras. Para resolver essa questão corretamente, você deve estar familiarizado com processos como derivação, composição, entre outros, e saber identificar sufixos, prefixos e desinências.

Justificativa da Alternativa Correta:

A alternativa D diz respeito à palavra "falas", que é um exemplo de derivação regressiva. Na derivação regressiva, uma palavra é formada pela redução de outra. Neste caso, o substantivo "falas" deriva do verbo "falar", evidenciando que a palavra foi encurtada sem acréscimo de afixos.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - A palavra "espiritualista" é, de fato, formada pelo acréscimo do sufixo -ISTA, que indica uma doutrina ou seguidor, mas a formação é por derivação sufixal e não composição. Composição envolve a junção de duas palavras ou radicais, o que não é o caso aqui.

B - No termo "decepcionamos", a desinência número-pessoal -MOS indica a primeira pessoa do plural (nós), e não a segunda pessoa. Portanto, a afirmação está incorreta.

C - A frase "o imaginado e o verdadeiro" não apresenta composição imprópria. A composição imprópria ocorre quando uma palavra muda de classe gramatical, mas nenhuma mudança de classe é evidenciada aqui, apenas adjetivos que permanecem adjetivos.

E - Na palavra "personalidade", o sufixo -DADE é usado para transformar adjetivos em substantivos abstratos, mas isso é um caso de derivação sufixal, não parassintética. Derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são adicionados simultaneamente, o que não é o caso.

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Comentários

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Gabarito: D

alguém explica?

Eu também não entendi...

"Falas" no texto é um substantivo que deriva do verbo "falar". Olha só o conceito:

derivação regressiva acontece quando há um processo de redução na palavra primitiva. Geralmente, são os substantivos que derivam de verbos na forma infinitiva, ou seja, através da eliminação da desinência verbal – terminações dos verbos após conjugação – e adição das vogais temáticas nominais –a, –o ou –e ao radical verbal. 

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/derivacao-regressiva

Mas "falas" não apresenta redução em relação ao verbo "falar". Então o correto seria "fala" (substantivo abstrato que derivado de uma ação) sem o "s". Não é?

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