“Carl Jung chegou a ser considerado o herdeiro do movimento ...
Em relação à Teoria Analítica de Jung e Psicanálise Freudiana, assinale a afirmativa INCORRETA.
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Alternativa correta: C
A questão aborda as diferenças entre as teorias da personalidade de Carl Jung e Sigmund Freud, especificamente suas divergências em relação à libido e outros conceitos psicanalíticos. Para resolver esta questão, é necessário compreender os principais conceitos de ambas as teorias e como Jung e Freud se diferenciam em suas abordagens.
Alternativa C: Esta é a alternativa INCORRETA. De acordo com a teoria de Jung, a libido é uma energia vital generalizada que não se limita apenas ao aspecto sexual. Jung via a libido como uma força criativa e motivadora em várias áreas da vida, enquanto Freud definia a libido primordialmente em termos sexuais. Portanto, a inversão das definições de libido entre Jung e Freud torna esta alternativa incorreta.
Alternativa A: Jung não desenvolveu inseguranças, inibições ou ansiedades sexuais significativas na vida adulta, diferentemente de Freud, cuja teoria psicanalítica enfatizava esses aspectos como centrais na formação da personalidade. Esta alternativa está correta.
Alternativa B: Na teoria de Jung, o complexo de Édipo não teve destaque. Ele não acreditava que esse conceito fosse crucial para o desenvolvimento psicológico, ao contrário do que Freud propôs. Esta alternativa também está correta.
Alternativa D: Jung realmente não compreendia a ênfase de Freud na ideia de que os meninos desenvolvem paixões sexuais pelas mães. Jung tinha uma visão diferente das relações familiares e da dinâmica psicosexual. Portanto, esta alternativa está correta.
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GABARITO LETRA C
C) Enquanto Jung definia a libido exclusivamente em termos sexuais, Freud referia-se à libido como uma energia de vida generalizada da qual o sexo apenas fazia parte.
Esta afirmativa é incorreta. Na verdade, é ao contrário. Freud definiu a libido como uma energia psíquica de vida geral, e Jung, ao desenvolver sua própria teoria, distanciou-se da ideia de libido estritamente sexual de Freud. Jung ampliou o conceito de libido para abranger não apenas energia sexual, mas também uma energia psíquica mais ampla relacionada ao crescimento pessoal, criatividade e desenvolvimento espiritual. Portanto, a afirmativa C é incorreta.
A) Ao contrário de Freud, Jung não desenvolveu nenhum tipo de insegurança, inibição ou ansiedade sexual na vida adulta.
Essa afirmativa está correta. Jung, em contraste com Freud, não enfatizou tanto os conflitos sexuais como centrais para a psicologia. Enquanto Freud via os problemas sexuais como fundamentais para a neurose e outros distúrbios psicológicos, Jung enfatizava uma gama mais ampla de questões psicológicas, como a busca de significado e o desenvolvimento pessoal em direção à individuação. Isso não significa que Jung negasse completamente a importância da sexualidade na vida adulta, mas ele não a considerava tão central quanto Freud.
D) Jung achava a mãe gorda e nem um pouco atraente, e jamais entendeu a insistência de Freud em afirmar que os meninos desenvolvem paixões sexuais pelas mães.
Esta afirmativa está correta. Jung realmente expressou desacordo com a teoria de Freud sobre o complexo de Édipo, que postula que os meninos desenvolvem desejos sexuais pela mãe e sentimentos hostis em relação ao pai. Jung discordava da ideia de que tais complexos se aplicassem de forma tão universal e insistente como Freud afirmava. Sua própria experiência clínica e interpretação de mitos e símbolos levaram-no a uma visão diferente do desenvolvimento psicológico.
Todas as afirmativas desta questão podem ser encontradas na página 362 da 10ª edição do livro de Schultz, ''História da Psicologia Moderna''. Segue o trecho:
''Um ponto fundamental de diferença entre Jung e Freud vincula-se com a natureza da libido. Enquanto Freud a definia em termos predominantemente sexuais, Jung a considerava a energia vital generalizada de que o sexo era apenas uma parte (LETRA C). Para Jung, essa energia vital libidinal básica se exprime no crescimento e na reprodução, e também em outras atividades, a depender do que é mais importante para um individuo num momento particular. A recusa junguiana de considerar a libido como exclusivamente sexual deixou-o livre para dar interpretações diferentes ao comportamento que Freud só podia definir em termos sexuais. Para Jung, por exemplo, entre os três e os cinco anos de vida, que ele denominava fase pré-sexual, a energia libidinal serve às funções de nutrição e de crescimento e não tem nenhuma das nuanças sexuais da concepção freudiana desses primeiros anos. Jung também rejeitava o complexo de Édipo freudiano e explicava o apego da criança à mãe em termos de uma necessidade de dependência, com todas as satisfações e rivalidades associadas com a função materna de fornecer alimento (LETRA B). À medida que a criança amadurece e desenvolve o funcionalismo sexual, as funções de nutrição combinam-se com sentimentos sexuais. Para Jung, a energia libidinal só assume forma heterossexual depois da puberdade. Ele não negava a existência de fatores sexuais, mas reduzia o papel do sexo ao de um dos impulsos que compõem a libido. É fácil ver que as próprias experiências de vida de Jung influenciaram sua teoria que, como a de Freud, foi intensamente autobiográfica. Já observamos que a imersão pessoal de Jung no inconsciente pressagiava seu interesse profissional ulterior pelo tópico. Com relação ao sexo, as evidências também são altamente sugestivas. Jung não tinha como usar, nem precisava de um complexo de Édipo em sua teoria, porque isso não tinha relevância para a sua infância. Ele descrevera a mãe como uma mulher gorda e pouco atraente, e por isso nunca pôde compreender a insistência de Freud de que todo garotinho tinha anseios sexuais pela mãe. (LETRA D). Ao contrário de Freud, Jung não desenvolveu nenhuma insegurança, inibição nem ansiedade sobre o sexo quando adulto (LETRA A), e não fez nenhuma tentativa de limitar suas atividades sexuais, também ao contrário de Freud. Na verdade, Jung teve alguns casos com pacientes e discípulas. Para Jung, que satisfazia livre e freqüentemente suas necessidades sexuais, o sexo tinha um papel mínimo na motivação humana. Para Freud, acossado por frustrações e ansioso com seus desejos contrariados, o sexo tinha o papel central” (Schultz, 1990, p.
148).''
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