Em epidemiologia, no que diz respeito às medidas de morbidad...
Em epidemiologia, no que diz respeito às medidas de morbidade, ou seja, da frequência com que as doenças se manifestam na população, temos dois exemplos de estudos abaixo:
1. Gesser et al. (2002), investigando as condições de saúde bucal de uma amostra constituída por 286 jovens de 18 anos de idade, alistandos do exército brasileiro em Florianópolis no ano de 1999, encontraram sangramento pós-sondagem presente no momento do exame (em pelo menos um sextante) em 246 jovens.
2. Scheutz (1997) fez o acompanhamento de 123 indivíduos HIV-positivos durante três anos, e todos os indivíduos apresentavam-se sem candidíase no início do seguimento. Ao final dos três anos de acompanhamento, foram diagnosticados 21 indivíduos com candidíase.
Baseados nesses dois estudos, de acordo com ANTUNES e PERES, é CORRETO afirmar que:
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Tema central da questão: Esta questão aborda as medidas de morbidade, que se referem à frequência de doenças em uma população. São apresentados dois tipos de estudos epidemiológicos: um de prevalência e outro de incidência. Para resolvê-la, é importante entender a diferença entre esses conceitos. A prevalência indica o número total de casos de uma doença em um dado momento, enquanto a incidência se refere ao número de novos casos ocorrendo em um período específico.
Alternativa Correta: A - No segundo estudo, a incidência acumulada foi de 17%, ao passo que, no primeiro estudo, a prevalência de sangramento gengival foi de 86%.
Justificativa:
Alternativa A: Esta é a correta. No segundo estudo, a incidência acumulada é calculada como o número de novos casos (21) dividido pelo total de indivíduos acompanhados (123), resultando em aproximadamente 17% (21/123 ≈ 0,17 ou 17%). No primeiro estudo, a prevalência é encontrada dividindo o número de casos com sangramento (246) pelo total de examinados (286), resultando em cerca de 86% (246/286 ≈ 0,86 ou 86%).
Análise das alternativas incorretas:
Alternativa B: Está incorreta porque confunde os conceitos. A incidência não pode ser calculada para o primeiro estudo, pois trata-se de um dado de prevalência. No segundo estudo, a prevalência não é de novos casos, mas sim do total de casos em um dado momento.
Alternativa C: Incorreta. Esta afirmação troca os conceitos de incidência acumulada e prevalência. O primeiro estudo é um estudo de prevalência, e não de incidência, enquanto o segundo se refere à incidência acumulada de 21 casos, não 246.
Alternativa D: Está errada, pois confunde a terminologia. No segundo estudo, o termo correto é incidência de novos casos, não prevalência.
Entender bem os conceitos de incidência e prevalência é crucial para resolver questões epidemiológicas com precisão. Ao analisar os enunciados, identifique se os dados se referem ao total de casos existentes ou aos novos casos surgidos em um período.
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