Com relação à situação hipotética acima, julgue o item segui...
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Ano: 2004
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Polícia Federal
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Psicólogo Clínico |
Q2246882
Psicologia
Texto associado
Um policial com 35 anos de idade, há 12 anos no serviço,
casado, com três filhos, de 13, 11 e 9 anos de idade, procurou o serviço
de psicologia da sua corporação e, constrangido, relatou estar
envergonhado por buscar esse tipo de auxílio, que reconhecia ser sinal
de fraqueza e incompetência, mas que estava com seus recursos
pessoais exauridos. Chorando, o agente informou acreditar que os
filhos e a esposa, antes orgulhosos dele, agora se envergonhavam e que
o mesmo acontecia entre seus superiores e colegas. O histórico relatado
incluiu as seguintes informações: há dois anos o policial começou a ter
dificuldade para dormir à noite e pesadelos noturnos; desde então,
diante de qualquer ruído dentro ou fora da casa, durante a noite, ele se
levanta e verifica repetidamente todos os cômodos da casa. Às vezes,
obriga os filhos a dormirem em seu quarto para ficar mais tranqüilo
quanto à segurança da família. Raramente adormece antes das 4 horas
da manhã e às 7 horas está de pé para trabalhar, sempre cansado e
sonolento. Costuma reviver nitidamente os eventos traumáticos
ocorridos ao longo da carreira. Durante essas vívidas recordações,
experimenta medo, tremor nas mãos e falta de ar. Em especial, sente
muita tristeza e culpa ao relembrar um episódio no qual houve uma
morte cruel e desnecessária, que ele poderia ter evitado se tomasse
decisões acertadas. Costuma ficar absorto em seus pensamentos
enquanto dirige e com freqüência percebe que está em lugar diferente
daquele para o qual se dirigia. Sente muita irritação e evita a
companhia de pessoas, o que tem resultado em discussões domésticas
causadas pelo fato de ele não aceitar acompanhar a esposa em eventos
sociais. Enfatiza que não é anti-social, mas que prefere ficar em casa
com os filhos, mesmo que isso implique um isolamento cada vez
maior. Sente-se mal com as próprias reações, como quando a filha veio
beijá-lo enquanto ele dormia e ele saltou da cama, assustando a
menina; de outra feita, avançou de punho fechado contra a esposa
quando ela deitou-se a seu lado para dormir. Há alguns dias, teve a
impressão de ouvir um tiro na sala, vasculhou a casa, mas não
encontrou ninguém. Refere que, após dois anos lidando com essas
reações, não tem mais condições de continuar vivendo. Não se sente
confortável com a família, não interage com colegas, não sente prazer
em mais nada e tem tido pensamentos recorrentes de auto-extermínio.
Com relação à situação hipotética acima, julgue o item seguir.
Alguns profissionais vivem as mesmas experiências traumáticas descritas na situação hipotética, mas não desenvolvem os sintomas sintomas relatados. Essas pessoas resilientes são mais fortes e têm personalidade mais bem estruturada que os outros.
Alguns profissionais vivem as mesmas experiências traumáticas descritas na situação hipotética, mas não desenvolvem os sintomas sintomas relatados. Essas pessoas resilientes são mais fortes e têm personalidade mais bem estruturada que os outros.