Paciente de 48 anos, deu entrada no pronto-socorro com quadr...

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Q2040478 Medicina
Paciente de 48 anos, deu entrada no pronto-socorro com quadro de dor abdominal de forte intensidade, de início súbito, há aproximadamente 6 horas, acompanhado de náuseas. Relata que há aproximadamente uma semana sofreu trauma no membro superior direito fazendo uso de analgésicos não opiáceos, gelo e antinflamatório com melhora acentuada do quadro.
Foi submetido à rotina radiológica de abdome agudo sendo diagnosticado pneumoperitoneo. Submetido à laparotomia exploradora, foi encontrada uma úlcera gástrica perfurada na pequena curvatura, com moderada quantidade de suco gástrico intraperitoneal.
Assinale a opção que indica a melhor conduta.
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A melhor conduta para o paciente descrito é a alternativa B, que consiste na ressecção dos bordos da úlcera e rafia. O pneumoperitônio diagnosticado indica que houve perfuração da úlcera gástrica, o que significa que há vazamento de suco gástrico para a cavidade abdominal. Essa condição é uma emergência cirúrgica que requer intervenção imediata. A ressecção dos bordos da úlcera e rafia é uma técnica que consiste em remover a porção da úlcera que está em mau estado e costurar as bordas restantes para fechar a perfuração. É uma técnica conservadora que preserva o estômago e apresenta bons resultados. As demais opções de condutas cirúrgicas apresentadas não são apropriadas para esse caso, pois envolvem a remoção parcial ou total do estômago, o que não é necessário nesse caso.

A ALTERNATIVA CORRETA É: B - Ressecção dos bordos da úlcera e rafia.

JUSTIFICATIVA: A abordagem cirúrgica para úlcera gástrica perfurada geralmente consiste na ressecção dos bordos da úlcera e rafia simples, especialmente em situações de emergência como o caso descrito, em que o paciente apresenta pneumoperitônio e a úlcera perfurada. A rafia é realizada após a retirada do tecido comprometido para fechamento do local da perfuração, minimizando o risco de recorrência. Em uma emergência, uma abordagem simples e rápida é priorizada para evitar complicações como peritonite severa e sepse.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

  • A. Piloroplastia com vagotomia troncular: Este procedimento pode ser utilizado para tratar úlceras duodenais, mas não é a escolha principal para uma úlcera gástrica perfurada, especialmente em uma situação de emergência.
  • C. Antrectomia com vagotomia troncular: Esta opção é mais indicada em casos de úlceras refratárias ao tratamento, onde é possível realizar uma intervenção eletiva. Na emergência de úlcera perfurada, essa abordagem é complexa e prolongada, aumentando os riscos cirúrgicos.
  • D. Gastrectomia subtotal com vagotomia troncular: Este é um procedimento extenso e indicado para úlceras complexas ou recidivantes em condições não emergenciais. A gastrectomia subtotal aumenta o tempo de cirurgia e os riscos associados, o que não é adequado para uma úlcera perfurada em um paciente instável.
  • E. Rafia da úlcera, gastroenteroanastomose e vagotomia troncular: A gastroenteroanastomose é uma técnica mais complexa e geralmente indicada para pacientes com úlceras de repetição e sem condições emergenciais. Na úlcera perfurada, a abordagem simples de rafia é mais recomendada.

EM RESUMO: A melhor conduta para o paciente com úlcera gástrica perfurada é a ressecção dos bordos da úlcera e rafia (alternativa B), uma abordagem mais direta e com menor tempo cirúrgico, adequada para emergências.

PONTOS CHAVE:

  • A úlcera gástrica perfurada em situação de emergência requer uma abordagem cirúrgica rápida e efetiva.
  • A ressecção dos bordos da úlcera seguida de rafia é o procedimento preferencial nesses casos.
  • Procedimentos mais complexos, como gastrectomia subtotal, são reservados para situações eletivas.

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