Paciente feminina, 36 anos, multípara, dá entrada no pronto ...
A tomografia mostrava pâncreas discretamente aumentado com leve borramento da gordura peri pancreática. Instituídas medidas clínicas e após 48h encontrava-se praticamente assintomática e com as enzimas pancreáticas pouco alteradas. Foi então submetida a uma colangioressonância, que evidenciou na vesícula biliar micro cálculos e lama biliar, além de um colédoco de 8mm sem falhas de enchimento.
Diante desse quadro, assinale a opção que indica a melhor conduta.
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Tema Central da Questão:
Esta questão aborda o manejo clínico de uma pancreatite aguda biliar, que é uma inflamação do pâncreas frequentemente causada por cálculos biliares. A paciente apresenta dor abdominal, náuseas, vômitos, distensão abdominal e interrupção na eliminação de gases e fezes, além de níveis elevados de amilase e lipase. A tomografia e colangioressonância indicam presença de microcálculos e um colédoco dilatado, sugerindo uma origem biliar para a pancreatite.
Alternativa Correta: B - Colecistectomia videolaparoscópica na mesma internação.
Após a estabilização clínica da paciente, é recomendado realizar a colecistectomia videolaparoscópica durante a mesma internação para prevenir novos episódios de pancreatite. A presença de microlitíase biliar justifica a remoção da vesícula biliar, já que estes pequenos cálculos podem migrar para o ducto pancreático, causando inflamação.
Justificativa das Alternativas:
- Alternativa A: Colecistectomia aberta + pancreatotomia imediata não é indicada. A pancreatotomia não é parte do manejo da pancreatite biliar e a abordagem aberta é desnecessária na maioria dos casos que podem ser tratados por videolaparoscopia.
- Alternativa C: Realizar a colecistectomia após 30 dias não é recomendado, pois o atraso no procedimento pode aumentar o risco de recorrência da pancreatite.
- Alternativa D: A coledocostomia a Kerh na mesma internação não é indicada, pois o colédoco de 8mm sem falhas de enchimento não justifica esta intervenção. O procedimento é mais invasivo e não há evidências de cálculos no ducto biliar.
- Alternativa E: Similar à alternativa D, além do atraso desnecessário para o procedimento, não há necessidade de coledocostomia dada a ausência de cálculos no colédoco.
Ao lidar com questões de concurso, é crucial identificar os sintomas e exames que indicam a causa da condição do paciente. Neste caso, o tratamento da causa subjacente (microcálculos na vesícula) é fundamental para evitar novos episódios de pancreatite.
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