Com relação à organização do trabalho e aos trabalhos sob co...
Evidências indicam que o trabalho noturno está associado ao desenvolvimento de síndrome metabólica, alterações gastrointestinais e câncer de mama.
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Segundo estudos, o trabalho noturno afeta o ritmo natural do organismo, gerando o retardamento do metabolismo enquanto mantém o consumo de energia. Estudos indicam que a exposição à luz artificial durante a noite perturba o relógio biológico do corpo, e reduz significativamente a produção de um hormônio chamado melatonina, esse hormônio tem o papel de regulação: do ciclo sono-vigília, emoções, no sistema reprodutivo, assim como na prevenção contra o câncer.
O ciclo sono-vigília refere-se aos padrões alternados de sono e vigília que ocorrem ao longo de um período de aproximadamente 24 horas. Esse ciclo é controlado pelo relógio biológico interno do corpo, que é influenciado principalmente pela exposição à luz e escuridão. A alteração no ciclo sono-vigília está diretamente associado ao aumento da síndrome metabólica, esta síndrome é um conjunto de condições médicas inter-relacionadas, incluindo obesidade abdominal, resistência à insulina, níveis elevados de glicose, triglicerídeos elevados, baixos níveis de colesterol HDL e pressão arterial elevada; estudos chegaram à conclusão que a alteração do ciclo sono-vigília, resultante do trabalho noturno, geram maiores probabilidades de ocorrência da síndrome metabólica em comparação com trabalhadores que realizam suas atividades em período diurno.
Problemas no ciclo sono-vigília podem causar redução do estado de alerta e alterações de sono, com várias alterações da função cognitiva, mal-estar e alterações do trato gastrointestinal. Um estudo realizado no Reino Unido observou que pessoas com hábitos noturnos têm associação com o aumento na prevalência de diabetes, doenças cardiorrespiratórias, bem como distúrbios gastrointestinais, psicológicos e neurológicos, contribuindo para aumento da mortalidade.
Estudos realizados pela OMS associaram diretamente o trabalho noturno a manifestação de diversas doenças, como por exemplo, câncer de mama nas mulheres, problemas digestivos como gastrite, problemas neuropsicológicos, distúrbios visuais, cegueira, doenças autoimunes e sérios problemas vasculares. Pesquisadores franceses do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) também fizeram estudos com mulheres que atuavam em trabalhos noturnos, os resultados desses estudos entraram em acordo com os estudos da OMS encontrando ligação entre o trabalho noturno e o câncer de mama em mulheres.
Resolução:
Segundo a afirmativa, evidências indicam que o trabalho noturno está associado ao desenvolvimento de síndrome metabólica, alterações gastrointestinais e câncer de mama, essa afirmativa está correta.
Estudos visando a identificação dos efeitos gerados pelo trabalho noturno na saúde do trabalhador vem sendo realizados há décadas, e até o momento esses estudos corroboram com a ideia de ligação do trabalho do noturno como fator gerador de riscos à saúde dos trabalhadores, através de doenças provocadas principalmente pela alteração do ciclo sono-vigília, estando entre os problemas causados pelo trabalho noturno a síndrome metabólica, alterações gastrointestinais e câncer de mama.
Gabarito do Professor: CERTO
Fonte bibliografica:
Cheres. José/ Sousa. Claudiane/ Carvalho. Jô/ Chaves. Ana - Trabalho noturno: A inversão do relógio biológico - Artigo Acadêmico - Revista Eletrônica de Ciências Jurídicas, Ipatinga/ MG 2011.
Fraga. Alessandra - Cronotipo, Jetlag social e duração do sono: fatores associados à síndrome metabólica?- Universidade Católica de Santos - Dissertação Mestrado - Santos/SP 2020.
G1 - Mulher que trabalha à noite tem mais risco de câncer de mama, diz estudo - Artigo - Site: g1.globo.com - São Paulo 2012
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Comentários
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Certo. Evidências indicam que o trabalho noturno está associado ao desenvolvimento de síndrome metabólica, alterações gastrointestinais e câncer de mama. Sim, estudos sugerem que o trabalho noturno pode estar associado a um maior risco de desenvolver câncer de mama. Pesquisadores franceses do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) analisaram o efeito do trabalho noturno sobre 3 mil mulheres e descobriram que 30% têm maior risco de desenvolver câncer de mama.
Entre as hipóteses para isso estão: exposição à luz durante a noite, que elimina a liberação de melatonina (hormônio responsável pelos receptores hormonais, pelo sistema imune e pela qualidade do sono) e seus efeitos anticancerígenos; o funcionamento perturbado dos genes do relógio biológico que controlam a multiplicação celular; e distúrbios do sono que podem enfraquecer a imunidade.
Gabarito: Certo
Isso é área médica. Quem está configurando as questões não sabe a diferença entre área médica e SST. Enorme perda de tempo.
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