No texto, Schwartsman critica
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Ano: 2009
Banca:
VUNESP
Órgão:
CETESB
Provas:
VUNESP - 2009 - CETESB - Advogado
|
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista Administrativo |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista de Tecnologia da Informação - Banco de Dados |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista de TI - Analista de Suporte |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista - Educação Ambiental - Bibliotecário |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista de TI - Administração de Dados |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista de TI - Sistemas |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista de redes e comunicação de dados |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista Administrativo - Recursos Humanos - Pessoal |
VUNESP - 2009 - CETESB - Engenheiro Civil |
VUNESP - 2009 - CETESB - Engenheiro Eletricista |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista Administrativo - Econômico-Financeiro |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista - Educação Ambiental - Recursos Humanos - Serviço Social |
VUNESP - 2009 - CETESB - Analista Ambiental - Engenheiro Ambiental |
VUNESP - 2009 - CETESB - Arquiteto |
Q57887
Português
Texto associado
Que coreanos comam cachorros é um fato antropológico
que não deveria causar maior surpresa nem revolta. Franceses
deliciam-se com cavalos e rãs, chineses devoram tudo o que se
mexe - aí inclusos escorpiões e gafanhotos - e boa parte das
coisas que não se mexem também. Os papuas da Nova Guiné,
até algumas décadas atrás, fartavam-se no consumo ritual dos
miolos de familiares mortos. Só pararam porque o hábito estava
lhes passando o kuru, uma doença neurológica grave.
Nosso consolidadíssimo costume de comer vacas configura,
aos olhos dos hinduístas, nada menos do que deicídio.
A não ser que estejamos prontos a definir e impor um universal
alimentar, é preciso tolerar as práticas culinárias alheias, por mais
exóticas ou repugnantes que nos pareçam.
(Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 14.11.2009)
que não deveria causar maior surpresa nem revolta. Franceses
deliciam-se com cavalos e rãs, chineses devoram tudo o que se
mexe - aí inclusos escorpiões e gafanhotos - e boa parte das
coisas que não se mexem também. Os papuas da Nova Guiné,
até algumas décadas atrás, fartavam-se no consumo ritual dos
miolos de familiares mortos. Só pararam porque o hábito estava
lhes passando o kuru, uma doença neurológica grave.
Nosso consolidadíssimo costume de comer vacas configura,
aos olhos dos hinduístas, nada menos do que deicídio.
A não ser que estejamos prontos a definir e impor um universal
alimentar, é preciso tolerar as práticas culinárias alheias, por mais
exóticas ou repugnantes que nos pareçam.
(Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 14.11.2009)
No texto, Schwartsman critica