A hipertensão arterial sistêmica apresenta elevada prevalênc...

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Q1370662 Medicina
A hipertensão arterial sistêmica apresenta elevada prevalência no Brasil e provoca alto custo médico-social em decorrência de suas complicações agudas e crônicas. Acerca dessa afecção, assinale a opção correta.
Alternativas

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A resposta correta é a alternativa D. Embora todos os anti-hipertensivos possam ser usados em diabéticos hipertensos, os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e os antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam um perfil farmacológico mais adequado, especialmente na vigência de nefropatia diabética. A nefropatia diabética é uma complicação comum de longo prazo do diabetes, que pode levar à insuficiência renal e à necessidade de diálise ou transplante renal. Os inibidores da ECA e os antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II são eficazes na redução da pressão arterial e também têm efeitos protetores sobre os rins, reduzindo o risco de insuficiência renal em pacientes diabéticos hipertensos.

A alternativa correta é: D -

Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II (ARBs) são preferidos no tratamento de hipertensão em pacientes diabéticos, principalmente quando há nefropatia diabética. Esses medicamentos oferecem proteção renal, já que inibem a ativação do sistema renina-angiotensina, diminuindo a pressão glomerular e, consequentemente, a progressão da lesão renal. Além disso, ambos têm efeitos benéficos no controle da pressão arterial em diabéticos.

análise das alternativas incorretas

[A]: Um paciente (adulto ou criança) é considerado portador de hipertensão arterial quando, após duas medidas de pressão arterial realizadas em dias distintos, apresentar valores de pressão arterial sistólica e diastólica maiores ou iguais a 140 mmHg e(ou) 90 mmHg, respectivamente: Esta definição está parcialmente correta, mas a pressão arterial elevada em crianças tem critérios diferentes, e os valores de corte para hipertensão arterial em adultos são mais bem definidos para 140/90 mmHg. Contudo, os critérios diagnósticos podem variar conforme as diretrizes, mas a definição de 140/90 mmHg é amplamente utilizada para adultos. A falha é que a questão não aborda a necessidade de confirmar a hipertensão após medidas repetidas.

[B]: As emergências hipertensivas são complicações agudas da hipertensão arterial caracterizadas por elevação súbita das pressões arteriais sistólica e diastólica (crise hipertensiva) não associadas a lesões agudas nos órgãos-alvo da hipertensão arterial: Este conceito está errado. Emergência hipertensiva é justamente caracterizada por elevação súbita da pressão arterial associada a danos agudos em órgãos-alvo, como cérebro, coração ou rins. Já a urgência hipertensiva refere-se a elevações da pressão arterial sem danos agudos nos órgãos-alvo.

[C]: As anormalidades tireoidianas (hipo e hipertireoidismo) representam as causas mais frequentes de hipertensão arterial secundária: Embora as disfunções da tireoide possam causar hipertensão, as causas mais comuns de hipertensão secundária são a doença renal (como a doença renal crônica) e hiperaldosteronismo. As doenças tireoidianas estão entre as possíveis causas, mas não são as mais frequentes.

resumo: A alternativa D está correta ao mencionar a preferência por inibidores da ECA e antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II no tratamento da hipertensão em diabéticos com nefropatia, enquanto as demais alternativas apresentam falhas no entendimento dos critérios diagnósticos e nas definições de emergência hipertensiva, além de uma compreensão imprecisa das causas da hipertensão secundária.

pontos chave

  • Anti-hipertensivos em diabéticos: Inibidores de ECA e ARBs são preferidos, principalmente em casos de nefropatia diabética.
  • Emergência hipertensiva: Associada a lesões agudas nos órgãos-alvo.
  • Hipertensão secundária: Causas mais comuns incluem doenças renais e hiperaldosteronismo, não doenças tireoidianas.

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