A palavra “se” possui inúmeras classificações e funções. Ace...
Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náufragos
Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o sofrimento
dos refugiados deixou-o mais rígido com as próprias filhas.
O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. Cobriu guerras e os protestos da Primavera Árabe. Nos últimos meses, tem se dedicado a registrar a onda de refugiados na Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas fotos, como tem sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia, onde milhares de refugiados pisam pela primeira vez em território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já desembarcaram no litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo acusadas de não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a ameaça de suspender o país do Acordo Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os Estados-membros.
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, em território pacífico, pessoas que trazem no rosto o sofrimento da guerra. “Só de saber que você não está em uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso”, diz Messinis. Numa guerra, o fotógrafo também corre perigo, então, de certa forma, está em pé de igualdade com as pessoas que protagonizam as cenas que ele documenta. Em Lesbos, não é assim. Ele está em absoluta segurança. As pessoas que chegam estão lutando por suas vidas. Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois de pisar em terra firme, por falta de atendimento médico.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam nos botes. Obviamente, são os mais vulneráveis aos perigos da travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns deles nas pedras à beira-mar.
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento das crianças refugiadas deixou-o mais rígido com as próprias filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7 meses. Quando vê o que acontece com as crianças que chegam nos botes, Messinis pensa em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, de terem onde morar e de viverem num país em paz. Elas não têm do que reclamar.
(Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-reportagem/conheca-aris-que-se-divide-entre-socorrer-e-fotografar-naufragos/.)
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Comentários
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Na questão pouco importa a função sintática do "se", foi cobrado apenas sua compreensão semântica. Gabarito "A", pois em todas as suas ocorrências, a partícula tem o mesmo referencial semântico (Messinis).
"Atenção! A IDECAN sempre valoriza mais o campo linguista que o campo gramático!"
-Resumo bacana sobre a partícula SE:
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola (http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcoes-particula-se.htm)
A partícula “se” assume várias funções na Língua Portuguesa:
1- Conjunção:
a) Conjunção subordinativa integrante: a conjunção introduz orações subordinadas substantivas.
Ex: Quero saber se ela virá à festa.
b) Conjunção subordinativa condicional: introduz orações subordinadas adverbiais condicionais.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar.
2- Pronome:
a) Pronome reflexivo: funciona como objeto direto, objeto indireto e sujeito do infinitivo.
Ex: A criança machucou-se. (objeto direto)
b) Partícula apassivadora: quando se liga a verbos transitivos diretos com a intenção de apassivá-los.
Ex: Contaram-se histórias estranhas.
c) Índice de indeterminação do sujeito: quando se liga a verbos preposicionados com o papel de indeterminar o sujeito.
Ex: Discorda-se do fato.
d) Partícula expletiva: não desempenha nenhuma função sintática ao se associar a verbos.
Ex: Ele acabou de sentar-se.
e) Partícula integrante do verbo: ligada a verbos pronominais.
Ex: Ela não cansa de queixar-se.
O SE é pronome reflexivo nos 3 casos.
Gabarito A.
Pronome reflexivo nos 3 casos.
Eu estou em dúvida se é pronome reflexivo ou integrante do verbo.
O referente dos dois últimos "SE" é "ELE". Acertei a questão assinalando a alternativa menos errada. Também fico na duvida entre pronome reflexivo ou termo integrante. Mas assinalaria a alternativa que apresentasse o termo integrante.
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