Os pacientes que vivem com hipoxemia e, muitas vezes, hiperc...

Alternativa Correta: C

Vamos explorar por que a alternativa C é a correta e entender as razões pelas quais as outras opções estão incorretas.

Alternativa C: A afirmação correta menciona que o uso prolongado de oxigênio pode ter efeitos funcionais, incluindo a retenção de CO2 e atelectasias. Isso é relevante para pacientes com doenças respiratórias crônicas, como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que frequentemente apresentam hipercapnia (retenção de CO2). O uso de oxigênio em altas concentrações pode reduzir o estímulo respiratório nesses pacientes e levar à retenção de CO2. Além disso, o uso inadequado de oxigênio pode causar atelectasias, especialmente se houver absorção excessiva de oxigênio em áreas de baixa ventilação.

Alternativa A: Essa opção está incorreta pois sugere que o oxigênio atua no recrutamento de novas unidades funcionais alveolares. No entanto, o oxigênio por si só não recruta alvéolos; ele melhora a oxigenação do sangue ao fornecer um suplemento de oxigênio, mas o recrutamento alveolar geralmente envolve técnicas específicas de fisioterapia respiratória ou ventilação.

Alternativa B: Embora esta alternativa mencione uma modificação na relação ventilação/perfusão (V/Q) em pacientes com DPOC, ela não é a melhor descrição dos efeitos do uso prolongado de oxigênio. Na prática, o oxigênio suplementar pode, de fato, alterar a relação V/Q, mas a desregulação do centro respiratório ocorre mais em função de alterações nos níveis de CO2, o que não é alvo direto da oxigenoterapia.

Alternativa D: A afirmação de que frações inspiradas superiores a 15% de oxigênio causam toxicidade está incorreta. Em condições normais, o ar ambiente já contém cerca de 21% de oxigênio, e frações muito maiores são necessárias para causar toxicidade. Geralmente, a toxicidade é uma preocupação quando se utilizam concentrações acima de 60% por períodos prolongados.

Entender os efeitos da oxigenoterapia é crucial para fisioterapeutas que lidam com pacientes com doenças respiratórias crônicas. A administração correta do oxigênio pode melhorar a qualidade de vida e reduzir complicações, mas é essencial estar atento aos riscos potenciais associados a distintas condições clínicas.

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