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Q1008277 História
A partir de 1930, início da era Vargas, há a necessidade de se pensar numa identidade nacional que nos representasse em todos os lugares. Assim, com a criação do Ministério da Educação e a Reforma Francisco Campos, nos programas e livros didáticos, a História ensinada declarou a ausência de preconceitos raciais e étnicos. Nessa perspectiva, o povo brasileiro era formado por brancos descendentes de portugueses, índios e negros, portanto mestiço, compondo conjuntos harmônicos de convivência dentro de uma sociedade multirracial e sem conflitos, cada qual colaborando com seu trabalho para a grandeza e riqueza do País. Essa tese ficou conhecida como:
Alternativas

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Durante o início da era Vargas, a partir de 1930, houve um esforço significativo para a construção de uma identidade nacional que representasse de forma abrangente o povo brasileiro. Com a fundação do Ministério da Educação e a implementação da Reforma Francisco Campos, houve mudanças substanciais nos programas escolares e nos livros didáticos.

A narrativa histórica que passou a ser ensinada enfatizava a ausência de preconceitos raciais e étnicos no Brasil. A população era descrita como um mosaico composto por brancos (descendentes de portugueses), índios e negros, todos convivendo de maneira harmoniosa e contribuindo para o progresso do país. Este ideal promovia a imagem de uma sociedade multirracial, livre de conflitos, onde cada grupo contribuía com seu trabalho para a prosperidade nacional.

Essa concepção ficou conhecida como a "democracia racial", a qual foi adotada oficialmente como parte do discurso governamental da época, refletindo-se em políticas e na educação. Esta ideia sugere que, no Brasil, as diferentes raças convivem em igualdade e harmonia, sem as tensões e divisões raciais encontradas em outros países.

Portanto, o gabarito correto para a questão é a alternativa D - democracia racial. Esta responde corretamente ao conceito que foi promovido nos programas escolares do período em questão, visando a criação de um sentimento de unidade nacional e minimizando a percepção de desigualdades raciais.

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Comentários

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Após a Revolução de 1930, o Estado lançou as bases de uma política cultural que teve como marco inicial a criação do Ministério da Educação e se desdobrou na formação de diversos outros órgãos. Intelectuais das mais diversas formações e correntes de pensamento, como modernistas, positivistas, integralistas, católicos e socialistas participaram desse entrelaçamento entre cultura e política que caracterizou os anos 30, ocupando cargos-chaves na burocracia do Estado. Apresentando-se como uma elite capaz de "salvar" o país, os intelectuais reinterpretaram o passado, buscaram captar a realidade brasileira e construíram vários retratos do Brasil.

E eis que chegam os anos 30 com Getúlio Vargas puxando o bonde do mito da mestiçagem. Contrariando, portanto, a cartilha dos eugenistas que defendiam e alertavam para o embranquecimento urgente da nação.

   O governo de Getúlio fomentava novos projetos para o país e isso dizia respeito a almejada democracia racial. Era inaugurada a fase do discurso “somos uma nação misturada". Formada por índios, negros e brancos vivendo harmoniosamente e construindo novas trajetórias.

Quem é que associaria Vargas a um conceito de democracia em uma questão ainda que seja a respeito das diferentes etnias do Brasil?

Tem que estudar muito mesmo.

Oss

A bibliografia da Lilian Shwarcz é vasta sobre o "mito" Democracia racial.

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