As expressões “por exemplo” e “ou seja” vêm entre vírgulas, ...
TEXTO I
6 MITOS SOBRE O CÉREBRO EM QUE VOCÊ PRECISA PARAR DE ACREDITAR
Ouvir Mozart te deixa mais inteligente? É possível aprender inglês dormindo?
Diversos pesquisadores tentam entender o funcionamento da mente e do cérebro. Por serem tão complexos, alguns conhecimentos são baseados em crenças e não passam de mitos. Confira algumas das informações falsas:
Aquele 90% é vagabundo?
A história de que só usamos 10% do cérebro pode ter surgido com o estudo The Energies of Men (1908), de William James, no qual ele aponta que usamos uma pequena parte da capacidade do cérebro — mas sem definir a porcentagem.
Outra hipótese para a crença é a falta de conhecimento da neurociência. Os neurônios da massa cinzenta, que representam uma a cada dez células cerebrais, são responsáveis pelo processamento do cérebro. Já as células gliais, da massa branca, dão suporte e nutrição aos neurônios.
Cientistas provaram que não é possível aproveitar as células gliais para desempenharem as mesmas funções dos neurônios. Ou seja, você já está usando 100% da capacidade do seu cérebro.
Aprender outro idioma dormindo.
Não há nenhuma pesquisa ou experimento que confirme a tese de que podemos aprender outra língua apenas escutando um CD enquanto dormimos.
Em 2014, Thomas Schreiner e Björn Rasch mostraram que ensinar um idioma durante um movimento ocular mais lento, ou ao despertar, pode melhorar a capacidade de memorizar as novas palavras — mas não significa que você se tornará fluente em uma nova língua.
Mozart deixa as crianças mais inteligentes.
Um artigo publicado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, em 1991 criou o termo "efeito Mozart". No estudo, 36 estudantes tiveram que realizar uma atividade mental: os jovens que ouviram o compositor durante dez minutos antes do teste registraram as melhores performances.
A partir disso, surgiram diversos produtos para o público infantil com trechos de Mozart, indicando que escutá-lo poderia melhorar a inteligência dos pequenos.
Em 2010, foram analisadas várias pesquisas sobre a relação entre música e conhecimento. Nenhuma delas comprovou o "efeito Mozart".
Deixe a esquerda livre.
Os hemisférios do cérebro são responsáveis por atividades diferentes, mas não quer dizer que eles que interferem na sua personalidade. A língua que você fala, por exemplo, é controlada pelo lado esquerdo, enquanto a voz é moldada pelo lado direito.
Estudo da Universidade de Utah examinou 7.266 regiões do cérebro em mais de 1 mil pessoas, enquanto elas executavam pequenas tarefas. O diagnóstico não comprovou que os participantes usaram com mais potência o lado esquerdo ou direito.
Álcool aniquila células do cérebro.
Em 1993, Grethe Jensen analisou neurônios de pessoas que consumiam bebidas alcoólicas e que não bebiam. Os resultados não indicaram diferenças no número ou densidade de células cerebrais.
Ou seja, o álcool não mata suas células e beber, a princípio, está liberado — desde que seja com responsabilidade e moderação.
Dano cerebral é eterno?
Dependendo da lesão, o cérebro consegue se recuperar. Uma concussão, por exemplo, pode até interromper algumas funções do órgão, mas temporariamente. Caso não haja traumatismo posterior na cabeça, é possível se recuperar totalmente.
Além disso, o cérebro pode se adaptar a lesões mais graves no processo conhecido como neuroplasticidade. Nessa situação, o órgão redireciona suas funções desativadas por condições mais sérias.
(Fonte: Revista Galileu com informações da BBC, 13/11/2017)
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a alternativa C: expressões explicativas.
Vamos entender o porquê. As expressões “por exemplo” e “ou seja” são usadas para explicar informações fornecidas anteriormente no texto, ou seja, elas têm a função de explicitar ou esclarecer algo. Por isso, são chamadas de expressões explicativas. Essas expressões são geralmente acompanhadas de vírgulas para indicar que estão adicionando uma explicação ou esclarecimento ao que foi dito antes.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
A - adjuntos adverbiais: Os adjuntos adverbiais são termos que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando circunstâncias como tempo, modo, lugar, causa, etc. As expressões “por exemplo” e “ou seja” não estão desempenhando essa função no texto.
B - locuções conjuntivas: As locuções conjuntivas são expressões formadas por mais de uma palavra que exercem a função de conjunção, ligando orações ou termos de uma oração. Exemplos incluem “desde que”, “a fim de que”. No entanto, “por exemplo” e “ou seja” não ligam orações, mas sim explicam ou esclarecem o que foi dito.
D - locuções prepositivas: As locuções prepositivas são formadas por mais de uma palavra que funcionam como preposição, como “ao lado de”, “de acordo com”. Essas locuções introduzem complementos e não têm a função de explicar algo, diferente das expressões em questão.
E - adjuntos adnominais: Os adjuntos adnominais são termos que acompanham um substantivo, delimitando ou qualificando-o, como artigos, pronomes, adjetivos. As expressões “por exemplo” e “ou seja” não se enquadram nessa função.
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Comentários
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"Por exemplo" e "ou seja" carregam sentido explicativo.
Letra C
expressões explicativas devem ser colocadas entre vírgulas.
GABARITO: LETRA C.
Uso da vírgula para:
Isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas representadas por: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, entre outras.
Força, Guerreiros!!
sempre tem uma pra não zerar rsrs
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