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A microcefalia é uma malformação congênita, caracterizada pelo perímetro cefálico reduzido para a idade gestacional, acompanhada por alterações no sistema nervoso central. O crescimento inesperado de nascimentos com esse quadro ocorreu após registro da ocorrência da febre pelo vírus Zika. Trata-se de uma doença febril aguda que causa manchas avermelhadas na pele, mas que, na maioria dos casos, evolui para cura. Sua transmissão ocorre principalmente por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, da febre Chikungunya e da febre amarela urbana. Um estudo retrospectivo, elaborado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, publicado em 2018, mostrou a prevalência de casos confirmados de microcefalia no Brasil e nas grandes regiões nos anos de 2015 e 2016. As prevalências mais elevadas em ambos os anos foram observadas na região Nordeste, onde houve redução de 2015 para 2016 (12,64 para 7,13 casos por 10 mil nascidos vivos), o que influenciou o decréscimo na prevalência para o Brasil (3,85 para 3,07 por 10 mil nascidos vivos). Todavia, nas regiões Centro- Oeste, Sudeste e Norte, as prevalências foram maiores em 2016 em comparação com 2015. Na região Sul, essas foram baixas em ambos os anos.
(dados disponíveis em http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8282/1/td_2368.pdf)
Com base no texto e dados acima assinale a alternativa correta:
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: A
Vamos analisar o motivo pelo qual a alternativa A é a correta e explorar as razões pelas quais as outras alternativas são incorretas.
A - As pesquisas retrospectivas são ferramentas valiosas em saúde pública pois permitem o diagnóstico da situação de saúde em uma localidade. Elas analisam dados passados para identificar padrões e tendências, ajudando na formulação de políticas de saúde e estratégias de intervenção. No contexto da questão, o estudo retrospectivo mencionado fornece insights importantes sobre a prevalência de microcefalia, permitindo uma melhor compreensão da situação epidemiológica.
B - A alternativa B incorretamente usa o termo "pandêmica" para descrever a situação da região Nordeste. Uma pandemia se refere a uma doença que se espalha mundialmente, enquanto o texto descreve uma situação localizada com alta prevalência, mas não de alcance global. Portanto, o termo correto não seria "pandemia" e a afirmação não está de acordo com a definição epidemiológica correta.
C - Embora a exposição ao mosquito Aedes aegypti seja um fator de risco para a transmissão do vírus Zika, a afirmação de que outras regiões possuem um clima temperado não é precisa. O Brasil possui uma diversidade climática, e não é correto generalizar que todas as outras regiões têm clima temperado, o que invalida a justificativa desta alternativa.
D - A alternativa D sugere que nascer na região Nordeste é um determinante direto para a aquisição do vírus Zika, o que simplifica demais a questão. A ocorrência de casos está relacionada a fatores como a presença do vetor e condições ambientais, mas nascer em uma região específica não é isoladamente determinante para contrair a doença.
E - Embora a alternativa E mencione corretamente o aumento de casos em outras regiões além do Nordeste em 2016, a afirmação de que todas as regiões, exceto a Sul, são "endêmicas" é incorreta. Endemia implica em uma presença constante e habitual de uma doença em uma área. A questão não fornece dados suficientes para suportar essa afirmação, especialmente considerando fatores climáticos e ambientais variáveis.
Espero que esta explicação tenha ajudado a entender melhor os conceitos abordados na questão e por que a alternativa A é a correta.
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