Eleito prefeito de Juazeiro do Norte em 1911, envolveu-se n...

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Q1008280 História e Geografia de Estados e Municípios
Eleito prefeito de Juazeiro do Norte em 1911, envolveu-se na disputa com o presidente Hermes da Fonseca para manter a família Accioly no poder regional. Em 1912, por conta da dura repressão a uma passeata de crianças a favor de Franco Rabelo, a intervenção federal baniu Nogueira Accioly do meio político. Ainda no mesmo ano, o coronel Franco Rabelo foi nomeado interventor federal, havendo eleição apenas para o cargo de vice-governador, para o qual foi eleito, acumulando o cargo de intendente (administrador municipal) de Juazeiro do Norte. Estamos nos referindo:
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A Revolta ou a Sedição de Juazeiro, foi um conflito popular ocorrido em 1914 durante a República Velha (1889-1930) na cidade de Juazeiro do Norte, no sertão do Cariri, Ceará.

Ocupava o cargo de presidente do país, o Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923), que adotou medidas de intervenção política, conhecida como “Política das Salvações”, a fim de combater as lideranças políticas (na época os coronéis) que dificultavam a atuação do poder.

Com isso, Marcos Franco Rabelo (1851-1940), foi indicado pelo presidente como Governante do Ceará (1912-1914), o que descontentou demasiado os coronéis, os quais se uniram com o intuito de derrubar o governo.

Importante salientar que a população já se encontrava muito incomodada com as péssimas condições de vida, agravada pela miséria e a fome.

Assim, a revolta do juazeiro adquiriu um caráter messiânico, posto que a população, imbuída de crenças religiosas, acreditava participar de uma “guerra santa”, com a liderança religiosa e política de Padre Cícero. Nesse sentido, importante salientar a fusão que se estabeleceu entre o clero (igreja) e os fazendeiros do Ceará.

Sem espanto, a revolta foi violenta entre os coronéis (comandados pelo senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado) e as forças do estado, resultando na retirada da intervenção política pelo poder do estado, que por sua vez foi entregue novamente para as oligarquias cearenses. Por fim, Franco Rabelo foi deposto.

nenhum ai foi prefeito além de padre cicero.

A) ao Padre Cicero/Sediçâo de Juazeiro.

Padre Cícero e a Sedição de Juazeiro

·        Padre Cícero Romão Batista (1844-1934), popularmente chamado de “Padim Ciço”, nasceu no Ceará e foi um dos mais importantes líderes da Revolta do Juazeiro. Segundo histórias de fiéis, Padre Cícero foi considerado "Santo", posto que em 1889 realizou um milagre durante uma missa, transformando uma hóstia em sangue, protagonizando o milagre do Juazeiro

·        A Revolta ou Sedição de Juazeiro foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearense e o Governo Federal provocado pela interferência do poder central na política estadual nas primeiras décadas do século XX. Sob a liderança de Floro Bartolomeu, Nogueira Acióli e do padre Cícero, um exército de camponeses resistiu à invasão das forças do governo federal e marchou até Fortaleza, invadindo a capital e depondo Franco Rabelo, Governante do Ceará (1912-1914).

·        Ocupava o cargo de presidente do país, o Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923), que adotou medidas de intervenção política, conhecida como “Política das Salvações”, a fim de combater as lideranças políticas (na época os coronéis) que dificultavam a atuação do poder.

Padre Cícero/Sedição de Juazeiro:

No dia 12 dezembro de 1913 reuniu-se em Juazeiro uma assembleia dissidente composta por deputados oposicionistas, e declarou-se a ilegalidade do governo de Franco Rabelo. Nomeou-se nessa ocasião um governo paralelo, tendo Floro Bartolomeu como presidente provisório.

A resposta de Rabelo foi rápida. No dia 15 de dezembro, as tropas estaduais estacionadas no Crato, sob o comando do coronel Ladislau Lourenço, deram início às operações de invasão a Juazeiro. No dia 20, a cidade santa foi ocupada pelas tropas do governo, tendo à frente o coronel Alípio Lopes, escolhido pessoalmente por Rabelo para dar fim à sedição.

Embora as investidas oficiais tenham provocado muita tensão em Juazeiro, a resistência dos fiéis de Padre Cícero, aliada ao ataque dos cangaceiros reunidos por Floro Bartolomeu, conseguiu vencer as forças oficiais. Cercada por tropas rabelistas, a cidade santa enfrentou a fome e a falta de munição. Apesar das dificuldades, o moral da tropa que entoava cânticos em louvor de Padre Cícero conseguiu resistir e contra-atacar. Graças a essa ofensiva, no dia 24 de janeiro de 1914 Crato foi ocupada por homens comandados por Bartolomeu. Seguiu-se a tomada de Barbalha. As cidades foram pilhadas, e com o espólio Juazeiro pôde se recompor da escassez de víveres e de munição em que se encontrava desde os ataques das forças rabelistas. Em marcha a pé e via estrada de ferro, os sediciosos de Juazeiro, tal como eram denominados, ocuparam Miguel Calmon, Senador Pompeu, Quixeramobim até marchar sobre Fortaleza, a 19 de março de 1914.

Conforme plano firmado pelo governo sob a liderança do senador Pinheiro Machado, seguiu para a capital cearense uma tropa federal para apoiar os revoltosos. Foi decretado o estado de sítio no Ceará, e o general Fernando Setembrino de Carvalho foi nomeado interventor no estado. Franco Rabelo deixou o governo e rumou para o Rio de Janeiro no dia 24 de março de 1914.

Estava concluída a revolução de Juazeiro. Como troféu, a Nova Jerusalém foi elevada à categoria de cidade a 23 de julho do mesmo ano, e Padre Cícero Romão Batista foi consagrado como um dos mais proeminentes coronéis da política republicana do país.

GABARITO: A

 

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