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Ano: 2015 Banca: NUCEPE Órgão: FMS Prova: NUCEPE - 2015 - FMS - Enfermeiro ESF |
Q602334 Português

                                  SEXO, PENICILINA E ROCK'N'ROLL

            Economista defende que remédio contra a sífilis foi o pontapé inicial para as

                                 transformações vividas nos anos 1960

      Era uma vez uma pílula que, ao ser ingerida, mudou de uma vez por todas nosso comportamento e sistema de valores, transformando a sociedade no século 20. Da pílula anticoncepcional nasceu a revolução sexual. Essa é a história conhecida. Mas, segundo o economista Andrew Francis, da Universidade Emory, nos Estados Unidos, o pontapé inicial da revolução sexual foi dado não pela pílula, mas pela penicilina. Descoberta em 1928 por Alexander Fleming, ela foi usada clinicamente pela primeira vez em 1941. Dois anos depois, constatou-se que a penicilina podia tratar uma das doenças mais temidas da época: a sífilis. "De 1947 a 1957, a incidência de sífilis caiu 95%, e as mortes, 75%", disse Francis a GALILEU. "Minha hipótese é que essa redução no impacto de contrair sífilis estimulou um comportamento sexual não tradicional nos anos de 1950".

      Para testar a ideia, ele foi atrás dos indicadores da incidência de gonorreia (também sexualmente transmissível), do número de filhos ilegítimos e da ocorrência de gravidez na adolescência. À medida que a sífilis era controlada, esses indicadores subiam. Ou seja, quando a pílula surgiu, algumas mudanças já estavam em curso. Isso não tira, é claro, a importância do anticoncepcional nas transformações que vieram em seguida. Afinal, a penicilina não resolvia a questão da contracepção. "A mulher já estava no mercado de trabalho; exigia-se da medicina uma solução para que ela pudesse conciliar a vida profissional com a maternidade", afirma Carmita Abdo, coordenador do ProSex.

(Revista GALILEU, Editora Globo. Maio/2015 - Nº 286 - Por Amarilis Lage - Seção Dossiê Métodos contraceptivos, p. 36)

A expressão introdutória do texto Era uma vez é utilizada geralmente em narrativas ficcionais para registrar um pretenso tempo longínquo. No texto acima
Alternativas

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Vamos analisar a questão, que trata de interpretação de texto, mais especificamente sobre o uso da expressão introdutória "Era uma vez". Esse tipo de expressão é geralmente associado a narrativas ficcionais ou contos de fadas, sugerindo um tempo distante e não definido.

No texto apresentado, essa expressão é usada em um contexto de fatos históricos e reais, o que cria uma expectativa de ficção que é posteriormente quebrada ao se perceber que os eventos narrados são verídicos. Vamos entender por que a alternativa B é a correta.

Alternativa B: A expressão é adequada e bem apropriada porque, apesar de remeter a um tempo passado de forma ficcional, ela quebra uma expectativa, já que as informações do texto são baseadas em fatos reais. A quebra de expectativa é uma técnica estilística que pode ser usada para captar a atenção do leitor e dar um tom diferenciado à narrativa.

Agora, vamos explicar por que as outras alternativas não estão corretas:

A - A expressão não é usada para introduzir uma informação inverídica ou ficcional. O texto apresenta fatos históricos, e a expressão é usada de forma estilística para chamar a atenção.

C - A alegação de que é inadequada por não ser uma expressão de ficção é incorreta, pois ela pode, sim, ser usada em contextos não ficcionais quando se deseja criar um efeito específico. A falta de uniformidade temporal não é argumentada adequadamente aqui.

D - A expressão não é inaceitável por referir-se a fatos passados como se fossem do presente. A introdução de "Era uma vez" não altera o tempo dos fatos relatados, que são compreendidos como parte da história.

E - Não há incoerência no uso da expressão, pois os fatos relatados são cientificamente confiáveis. A expressão é uma escolha estilística que não compromete a veracidade das informações.

Assim, a interpretação correta da questão leva em conta o uso da expressão como um recurso para criar interesse e quebra de expectativa no leitor. Essa técnica é válida e bem utilizada no contexto do texto, justificando a escolha da alternativa B.

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Comentários

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gabarito letra B 

"é adequada e bem apropriada porque faz alusão ao tempo passado" (OK) "mas quebra uma expectativa" (OK). A expectativa era de uma história ser contada introduzida pelo "ERA UMA VEZ" e no fim, tratou-se de fatos reais.

GABARITO B

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