Segundo Kovács (1992, p. 14-15), “o medo é a resposta psicol...
1. A morte do outro: O medo do abandono, envolvendo a consciência da ausência e a separação;
2. A própria morte: A consciência da própria finitude, a fantasia de como será o fim e quando ocorrerá.
Ao pensar sobre a morte, cada pessoa poderá relacioná-la a um dos seguintes aspectos, EXCETO:
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A alternativa correta é a A.
Para entender essa questão, é importante compreender como a psicologia da saúde aborda o medo da morte. Segundo Kovács (1992), o medo da morte é uma resposta psicológica comum e universal, presente em todas as pessoas, independentemente de suas características pessoais. Feifel e Nagy (1981) enfatizam que todos os medos humanos estão, de alguma forma, relacionados ao medo da morte. Já Kastenbaum (1983) descreve duas concepções de morte: a morte do outro e a própria morte.
A partir dessas concepções, as alternativas listam diferentes aspectos relacionados ao medo da morte. Vamos analisar cada uma delas:
Alternativa A - Morte sempre iminente: Esta alternativa menciona que o medo da morte é universal e indica que nascemos com esse medo. No entanto, essa explicação não está relacionada a um aspecto específico do medo da morte conforme as concepções de Kastenbaum. Portanto, esta é a alternativa que não se relaciona diretamente às concepções apresentadas na questão.
Alternativa B - Medo de morrer: Aqui, a alternativa aborda o medo do sofrimento e da indignidade pessoal em relação à própria morte, além de mencionar a dificuldade de ver o sofrimento do outro. Isso está de acordo com a concepção de medo da própria morte e medo da morte do outro, conforme discutido por Kastenbaum.
Alternativa C - Medo da extinção: Esta alternativa fala sobre a ameaça do desconhecido e o medo da própria extinção, além da vulnerabilidade e sensação de abandono diante da morte do outro. Esses aspectos estão diretamente relacionados às concepções de Kastenbaum sobre a própria morte e a morte do outro.
Alternativa D - Medo do que vem após a morte: A alternativa menciona o medo do julgamento, do castigo divino e da rejeição em relação à própria morte, além do medo de retaliação e perda de relacionamento em relação à morte do outro. Esses medos são aspectos frequentemente considerados ao pensar sobre a morte, encaixando-se nas concepções de Kastenbaum.
Portanto, a alternativa A é a correta por ser a única que não se alinha diretamente com os aspectos específicos do medo da morte conforme as concepções de Kastenbaum.
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Comentários
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Numa abordagem mais qualitativa, Ernest Becker (1976) faz uma análise interessante sobre o espaço da morte em nossa cultura, revendo alguns aspectos da teoria psicanalítica e da abordagem existencial. Começa dizendo que o medo da morte é universal na condição humana. Estabelece a infância como o início da manifestação desse medo. Não nascemos com o medo da morte, a criança entra em contato gradativamente com ela, em seu desenvolvimento, em parte através das experiências com seus pais.
GAB: A
Fonte: Livro Morte e Desenvolvimento Humano.
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