Tendo o texto como referência inicial, julgue o item subsequ...
A euforia da globalização acompanhou a década de 1990, alimentada pela “revolução da informação” e pela implosão da União Soviética. Prosperidade permanente. O fim das recessões. Leite e mel. Essa euforia não se justifica. O crescimento econômico global foi decepcionante e as desigualdades sociais ampliaram-se. No mundo subdesenvolvido, a única “história de sucesso” foi a expansão das economias da Ásia/Pacífico, associada às necessidades da indústria da informática nos Estados Unidos e no Japão. A ideologia da globalização está em retrocesso. A prova mais palpável dessa situação encontra-se nas manifestações populares contra as políticas e as instituições internacionais ligadas à integração global dos mercados.
Demetrio Magnoli. Globalização: Estado nacional e espaço mundial.
1.ª ed. São Paulo: Moderna, 1997 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial, julgue o item subsequente.
No momento em que se vive a descentralização
industrial, a América Latina vem se tornando a área mais
atrativa para o capital internacional. Na década
2000-2010, os governos da Venezuela, da Bolívia e do
Equador empenharam-se firmemente em abrir seus
países a investimentos externos.
Gabarito comentado
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A alternativa correta é: Errado.
Para entender essa questão, precisamos considerar o contexto histórico e econômico da América Latina na década de 2000-2010, bem como a evolução da globalização e descentralização industrial.
O texto de Demetrio Magnoli aborda a euforia inicial da globalização nos anos 1990, mas também critica os resultados econômicos decepcionantes e o aumento das desigualdades sociais. No entanto, a questão pede uma análise específica sobre a América Latina no período de 2000-2010.
Correção da alternativa:
No início do século XXI, diversos países da América Latina, incluindo Venezuela, Bolívia e Equador, adotaram políticas econômicas que, na verdade, foram contrárias à atração de capital internacional em larga escala. Governos como os de Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador implementaram medidas que enfatizavam o controle estatal sobre recursos naturais e setores estratégicos da economia, muitas vezes através de nacionalizações ou regulamentações rigorosas.
Essas políticas eram parte de um movimento mais amplo conhecido como "Socialismo do Século XXI", que buscava reduzir a influência do capital estrangeiro e aumentar a autonomia econômica dos países. Portanto, a afirmação de que esses países se empenharam firmemente em abrir suas economias a investimentos externos é errônea.
Além disso, a ideia de que a América Latina se tornou a área mais atrativa para o capital internacional durante esse período não é consistente com os dados disponíveis. Enquanto alguns países da região, como o Brasil e o Chile, atraíram investimentos significativos, a abordagem geral de vários líderes de esquerda na região não foi predominantemente focada em atrair capital estrangeiro.
Resumindo:
- Alternativa Incorreta: Os governos da Venezuela, Bolívia e Equador não se empenharam firmemente em abrir seus países a investimentos externos durante a década de 2000-2010. Em vez disso, adotaram políticas de controle estatal e nacionalizações.
- Contexto da Descentralização Industrial: Embora haja um processo de descentralização industrial no mundo, a América Latina não se destacou como a região mais atrativa para o capital internacional devido às políticas adotadas por vários de seus governos.
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Comentários
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Lembre-se sempre de Hugo Chavez, na Venezuela, e de Evo Moralez, na Bolívia. Ambos nacionalistas.
Nacionalistas não, bolivarianos (+populismo +orientação de esquerda +nacionalismo +culto histórico)
Além dos governos da Bolívia e da Venezuela serem de esquerda, o que houve pós-década de 1970 foi a desconcentração. A centralização do comando das empresas continuam nas áres centrais ou nos países de origem, nos casos das multinacionais.
Tá de sacanagem não é Quadrix? Só pode ser zoação.
Venezuela vive uma (DITATURA) COMO VAI ABRIR AS PORTAS?
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