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Q2186033 Sociologia
Segundo o Estruturalismo, corrente da antropologia fundada por Claude Lévi-Strauss, na França, na primeira metade do século XX, é função do antropólogo estudar as variadas sociedades existentes e identificar sistemas de signos e estruturas compartilhadas que possibilitem o conhecimento comparado ou a identificação das relações sociais praticadas, assim como os aspectos culturais que derivam destas relações. Na obra “As estruturas elementares do parentesco” (1982), Lévi-Strauss estuda a proibição ao incesto em diversas sociedades. Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
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Alternativa correta: B - A proibição do incesto tem como função promover a exogamia; sua razão de ser consiste em estabelecer, entre os homens, um vínculo sem o qual não poderiam elevar-se acima da organização biológica para atingir a organização social.

Vamos entender por que essa é a alternativa correta e analisar as demais.

O Estruturalismo, corrente da antropologia fundada por Claude Lévi-Strauss, busca entender as estruturas subjacentes às culturas humanas. Lévi-Strauss argumenta que a proibição do incesto é uma das regras fundamentais que permitem a transição da natureza para a cultura, promovendo a exogamia - o casamento fora do grupo familiar imediato.

A proibição do incesto, segundo Lévi-Strauss, não se baseia em razões biológicas ou instintivas, mas em razões sociais. Ela facilita a criação de alianças entre diferentes grupos familiares, fortalecendo a coesão social e permitindo que os grupos se organizem de maneira mais complexa. Assim, a proibição do incesto tem como função principal a promoção da exogamia, essencial para a organização social complexa.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

A - "Tal proibição está vinculada à percepção social de que a consanguinidade degenera geneticamente a prole e ameaça a subsistência da comunidade."
Essa assertiva sugere uma razão biológica para a proibição do incesto, mas Lévi-Strauss não fundamenta sua tese em questões genéticas. Ele se concentra nas estruturas sociais que emergem da proibição do incesto, e não nos efeitos biológicos.

C - "Tal proibição está ligada ao fato de que existe uma restrição natural e instintiva ao incesto."
Esta alternativa está incorreta porque, para Lévi-Strauss, a proibição do incesto não é um instinto natural, mas uma construção social. Ele argumenta que é uma norma cultural que permite a criação de laços sociais além dos biológicos.

D - "Tal proibição é uma regra social ligada, de um lado, a convicções religiosas e, de outro, à possibilidade de estabelecimento de alianças com outros grupos."
Embora essa alternativa mencione a formação de alianças, ela também sugere que a proibição do incesto está diretamente relacionada a convicções religiosas. Lévi-Strauss vê a norma como um mecanismo estrutural mais amplo de organização social, não limitado ou diretamente vinculado a crenças religiosas específicas.

Portanto, a alternativa B é a que melhor capta a essência do argumento de Lévi-Strauss sobre a função social da proibição do incesto: promover a exogamia e, consequentemente, permitir a transição de uma organização puramente biológica para uma organização social complexa.

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A proibição do incesto tem como função promover a exogamia; sua razão de ser consiste em estabelecer, entre os homens, um vínculo sem o qual não poderiam elevar-se acima da organização biológica para atingir a organização social

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