Sobre as contraindicações da terapia, a terapia de orientaç...
I- No caso de transtornos mentais para os quais existem tratamentos efetivos mais breves.
II- Na presença de problemas de natureza aguda e que exigem de solução urgente.
III- No caso de pacientes impulsivos que não tolerem níveis de frustração.
IV- No caso de transtornos psiquiátricos agudos graves.
Analisadas as sentenças supracitadas, assinale CORRETAMENTE quanto às contraindicações:
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Olá, aluno!
Vamos analisar a questão sobre as contraindicações da terapia de orientação analítica. Primeiro, vou te dizer que a alternativa correta é a C - Todas as sentenças estão corretas. A seguir, explicarei o porquê dessa escolha.
Sentença I: "No caso de transtornos mentais para os quais existem tratamentos efetivos mais breves."
Essa é uma afirmação correta. A terapia de orientação analítica pode ser contraindicada em situações onde existem tratamentos mais curtos e eficazes, pois ela tende a ser um processo mais longo e profundo. Em casos onde a rapidez na resolução dos sintomas é essencial, outras modalidades de terapia podem ser mais apropriadas.
Sentença II: "Na presença de problemas de natureza aguda e que exigem solução urgente."
Também correta. Problemas agudos e urgentes frequentemente requerem intervenções imediatas e práticas. A terapia de orientação analítica, com seu foco em explorar o inconsciente e experiências passadas, pode não ser adequada para resolver necessidades imediatas.
Sentença III: "No caso de pacientes impulsivos que não tolerem níveis de frustração."
Mais uma vez, correta. Pacientes impulsivos podem ter dificuldade em tolerar a frustração que pode surgir durante o processo de análise, especialmente porque a terapia pode envolver a reexperiência de emoções desconfortáveis e a exploração de aspectos dolorosos do self.
Sentença IV: "No caso de transtornos psiquiátricos agudos graves."
Finalmente, correta. Transtornos psiquiátricos agudos graves podem requerer estabilização imediata e cuidados médicos intensivos, o que pode não ser compatível com o ritmo e a natureza introspectiva da terapia de orientação analítica.
Portanto, todas as sentenças apresentadas estão corretas, e a alternativa C é a resposta certa.
Espero que essa explicação tenha sido clara e útil. Qualquer dúvida, estou à disposição.
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Eizirik, Aguiar & Schestatsky Enumeram as seguintes contraindicações como fundamentais:
• quadros psicóticos agudos
• quadros depressivos graves com sérias tentativas de suicídio
• alcoolismo crônico ou adição a drogas
• quadros fóbicos causadores de incapacitação crônica
• quadros obsessivo-compulsivos causadores de incapacitação crônica
• quadros de personalidade borderline com actings fortemente agressivos ou autodestrutivos
• síndrome cerebral orgânica e deficiência mental
• transtornos alimentares graves
• ausência de motivação para uma psicoterapia que visa ao insight ou de interesse em um trabalho introspectivo.
Com essas já observamos que os itens 1,2 e 4 já estão aí de alguma forma
O 3 acredito que está coberto nessa citação:
Porém, em todas essas situações, seja qual for a gravidade do quadro clínico, devem estar presentes no paciente como condição sine qua non:
• reconhecimento da origem psicológica dos seus sintomas
• presença de sofrimento significativo
• tolerância à frustração
• controle suficiente dos impulsos
• teste de realidade preservado
• capacidade de regressão a serviço do ego;
• capacidade de estabelecer uma aliança terapêutica
• razoável força do ego e nível de inteligência no mínimo médio
Por isso o gabarito é C. Todas estão corretas.
Citações tiradas do livro Psicoterapia de Orientação Analítica: Fundamentos Teóricos e Clínicos
Segue o link:
https://portalidea.com.br/cursos/atualizao-em-psicoterapia-analtica-apostila04.pdf
Contraindicações da terapia de orientação analítica:
- No caso de transtornos mentais para os quais existem tratamentos efetivos mais breves e de menor custo;
- Na presença de problemas de natureza aguda e que exigem solução urgente;
- Na ausência de um ego razoavelmente integrado e cooperativo;
- No caso de pacientes impulsivos que não toleram níveis, mesmo que pequenos, de frustração;
- No caso de transtornos da personalidade que dificultam o estabelecimento de um vínculo;
- No caso de transtornos psiquiátricos agudos graves;
- No caso de pacientes gravemente comprometidos e, portanto, sem condições cognitivas para trabalhar na busca de insight;
- No caso de pacientes comprometidos cognitivamente;
- No caso de pacientes com pouca capacidade para introspecção (alexitimia) ou com pouca sofisticação psicológica;
- Na ausência de motivação para terapia de insight ou de interesse em um trabalho introspectivo.
(Psicoterapias: abordagens atuais [recurso eletrônico]/ Organizadores, Aristides Volpato
Cordioli, Eugenio Horacio Grevet. – 4. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.)
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