Segundo Carmo (1997, p.15), "podemos definir trabalho como ...

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Q1704237 Conhecimentos Gerais

Segundo Carmo (1997, p.15), "podemos definir trabalho como toda atividade realizada pelo homem civilizado que transforma a natureza pela inteligência. Há mediação entre o homem e a natureza: domando-a ele o seu desejo, visa a extrair dela sua subsistência". Neste conceito, o homem é um agente de transformação, e o trabalho a sua obra. A subsistência seria o objetivo e o fim da sua intervenção. 


Sobre a relação Trabalho e sociedade na História podemos afirmar que:


1. Nas sociedades primitivas o homem começou a explorar a terra, a ter domínio sobre os animais que utilizará para corte ou tração, a caçar e a pescar, já vivendo em pequenas tribos, o trabalho passou a exigir a participação de todos, e o seu produto, a ser visto como um bem comum. O trabalho passou a organizar a vida da tribo, que sistematizou as forças produtivas, utilizou sua energia e tempos livres para a criação de novos instrumentos e o planejamento da produção. Ainda que primitivamente, o homem construiu a noção de períodos, uma divisão entre o tempo destinado ao trabalho e ao lazer. 


2. Na idade média, o trabalho se organizou segundo o modelo de produção feudal, a ênfase do trabalho recaiu na expiação dos pecados e no combate à fraqueza da carne. Nesse modelo as relações sociais caracterizaram-se por rígida hierarquia entre os senhores, proprietários das terras, e os servos, aqueles que as cultivavam. A esses últimos cabia, em troca do trabalho, apenas a parte da produção necessária à subsistência familiar. Os servos deviam obediência aos senhores, mas, diferentemente dos escravos, possuíam direito à vida e proteção dos senhores em caso de guerra. À igreja, que detinha o saber competia à manutenção dos princípios de obediência que regulavam essas relações.


3. No período da revolução industrial, houve o aniquilamento das manufaturas e um deslocamento dos operários para as grandes indústrias, onde desempenharam tarefas rotineiras e mecânicas. A produção em larga escala, por sua vez, provocou a alienação do operário do sentido do seu trabalho. Sendo ele uma "peça da engrenagem", tendo sua participação restrita a uma limitada etapa do processo produtivo, o operário não reconhece no conjunto da produção o seu trabalho, não sabe quem é o consumidor do seu produto, bem como não participa das decisões referentes ao processo de produção. Na revolução industrial o operário se constituía uma "peça da engrenagem".


4. Na atualidade, a característica do trabalho é a sua inquestionável necessidade e importância, a ponto de identificar o homem. Para Marx a essência do ser humano está no trabalho. O que os homens produzem é o que eles são. O homem é o que ele faz. O homem se vê humano enquanto ser produtivo, enquanto vinculado a um ofício e possuidor de uma identidade profissional. O trabalho lhe confere dignidade, estabilidade, status e vínculo. O trabalho se confunde com o cotidiano e representa uma saída para controle da intimidade espiritual, na medida em que estabelece identidade e complementariedade com o coletivo social. 


5. Na modernidade, o trabalho apresenta propriedades extrínsecas e intrínsecas . Nas condições referentes ao emprego: um salário justo e aceitável; estabilidade; vantagens apropriadas; saúde; processos adequados. Nas condições do trabalho em si são elencados: variedade e desafio; aprendizagem contínua; margem de manobra, autonomia; reconhecimento e apoio; contribuição social que faz sentido; um futuro desejável. Em seus aspectos dão conta de um valor social do trabalho, da atribuição de valor ao que se faz da possibilidade de aprendizagem e criação, do desafio e de uma perspectiva de futuro atraente.


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