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Q920289 Enfermagem
Um colaborador ausentou-se do trabalho por ter contraído botulismo. Devido a esse fato, os colegas de trabalho solicitaram orientação profissional sobre a doença. O técnico de enfermagem, após ter sido capacitado para realizar educação em saúde, com ênfase no botulismo, informa que
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A alternativa correta é a Alternativa C.

O botulismo é uma doença grave causada pela toxina produzida pelo Clostridium botulinum. Esta questão aborda a necessidade de conhecimento sobre a origem, transmissão e controle do botulismo, especialmente em ambientes de trabalho onde pode haver preocupação com surtos.

Alternativa C: A correta identificação dos esporos do C. botulinum em produtos como legumes, vegetais, mel e vísceras de crustáceos é fundamental, pois esses são meios comuns de contaminação. Esses produtos podem estar contaminados com esporos que, uma vez em condições anaeróbicas, produzem a toxina botulínica.

Justificando as alternativas incorretas:

Alternativa A: É incorreta porque o botulismo é uma doença de alta letalidade e é, portanto, de notificação compulsória. Mesmo um único caso de botulismo é considerado sério e requer investigação imediata.

Alternativa B: Esta opção está errada, pois o botulismo não é uma doença contagiosa. A transmissão não ocorre por contato interpessoal, mas sim pela ingestão de alimentos contaminados com a toxina.

Alternativa D: O botulismo pode se apresentar em várias formas, não apenas a alimentar. Existem também o botulismo de ferida e o botulismo infantil, entre outros. Além disso, atualmente não há vacina amplamente recomendada para a população em geral, incluindo manipuladores de alimentos.

Alternativa E: Está incorreta pois a toxina botulínica é produzida após a germinação dos esporos em um ambiente anaeróbico, como em alimentos inadequadamente conservados. A doença não inicia "na forma esporulada", e o período de incubação é variável de acordo com a forma de contaminação.

É essencial para os técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde estarem bem informados sobre as características do botulismo para orientar corretamente a prevenção e controle da doença.

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Os esporos do C. botulinum são identificados em produtos como legumes, vegetais, mel e vísceras de crustáceos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM


ORIENTAR FAMILIAR PARA


PROCURAR O MÉDICO


IDENTIFICAR AQUELES QUE


FIZERAM INGESTÃO DO
ALIMENTO


LAVAGEM GÁSTRICA


CONFORME PRESCRIÇÃO
MÉDICA


ORIENTAR FAMILIARES


QUANTO CUIDADOS HIGIÊNICOS
E SANITÁRIOS


ORIENTAR FAMILIARES NÃO
CONSUMIR ALIMENTOS


ONDE A LATA ESTIVER
ESTUFADA E ENFERRUJADA
E LIQUIDO TURVO.


AFERIR SINAIS VITAIS


TRANSFERIR PARA UNIDADE
DE TERAPIA INTENSIVA CASO
HAJA PROBLEMA RESPIRATÓRIO
ADMINISTRA ALIMENTAÇÃO
PARENTERAL.

 

http://enfermagemintensiiva.blogspot.com/2014/02/botulismo-fique-por-dentro.html

 

 

 

O Botulismo é uma doença não-contagiosa, resultante da ação de potente neurotoxina.

 

Apresenta-se sob três formas: Botulismo alimentar, Botulismo por ferimentos e Botulismo intestinal.

O local de produção da toxina botulínica é diferente em cada uma dessas formas, porém todas se caracterizam clinicamente por manifestações
neurológicas e/ou gastrintestinais. É uma doença de elevada letalidade, considerada como emergência médica e de saúde pública.

 

Período de incubação - Quando o mecanismo de transmissão envolvido é a ingestão direta de toxina já presente no alimento, o período de incubação é menor e a doença se manifesta mais rapidamente.
Quando ocorre a ingestão de esporos ou a contaminação de ferimentos, o período de incubação é maior, porque a doença só se inicia após a
transformação do C. botulinum da forma esporulada para a vegetativa, que se multiplica e libera toxina.
 

 

Reservatórios - Os esporos do C. botulinum são amplamente distribuídos na natureza, em solos, sedimentos de lagos e mares.

São identificados em produtos agrícolas como legumes, vegetais e mel e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos.

 

Observação: Não há relato de transmissão interpessoal, apesar de ocorrer excreção da toxina botulínica e esporos da bactéria por semanas ou meses nas fezes de lactentes com Botulismo intestinal.
 

 

FONTE: GUIA DE BOLSO. DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS 2010


 

A ) por ser de baixa letalidade, o botulismo não é doença de notificação compulsória, sendo que são necessários cinco casos ocorridos no mesmo local, para ser considerada como surto.

ERRADA! É uma doença de alta letalidade, considerada uma emergência médica. É de notificação compulsória e de investigação obrigatória de acordo com a publicação da Portaria do MS nº 1943 de 18 de outubro de 2001.

B) a doença é considerada contagiosa, podendo ser transmitida por contato interpessoal, devido à toxina ser eliminada pelas fezes.

ERRADA! A Toxina é eliminada pelas fezes mas não é transmitida por contato interpessoal.

C) os esporos do C. botulinum são identificados em produtos como legumes, vegetais, mel e vísceras de crustáceos. (CORRETA!)

D) a doença apresenta-se sob uma única forma que é o botulismo alimentar, sendo que a imunização é recomendada a todas as pessoas que manipulam alimentos em restaurantes.

ERRADA! Ela se apresenta sob TRÊS formas: Alimentar, por ferimentos e a intestinal. A imunização é realizada com toxóide butolínico polivalente e é recomendada APENAS para pessoas com atividade na manipulação do microorganismo.

E) quando ocorre a ingestão de esporos, o período de incubação é menor, porque a doença só se inicia na forma esporulada, que se multiplica e libera toxina.

ERRADA! Quando ocorre a ingestão de esporos ou a contaminação de ferimentos, o período de incubação é maior, porque a doença só se inicia após a transformação do C. botulinum da forma esporulada para a vegetativa, que se multiplica e libera toxina. Períodos de incubação curtos sugerem maior gravidade e maior risco de letalidade.

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