Como, no entanto, fazer cinema é mil vezes mais complicad...
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Ano: 2023
Banca:
CONSULPAM
Órgão:
Prefeitura de Araraquara - SP
Provas:
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - Português
|
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - Educação Integral |
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - Ciências |
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - Artes Visuais e Plásticas |
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor I - Ensino Fundamental |
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - História |
Q2297740
Português
Texto associado
Que temas você aborda em seu livro A arma escarlate?
Em quem você se inspirou para criar Hugo?
Leitora voraz desde a infância, Renata Pacheco
Ventura sempre soube que seria escritora. Nascida no
Rio de Janeiro, em 1985, morou por quatro anos nos
Estados Unidos, onde começou a cursar comunicação
social na Universidade de Houston. Formando-se em
jornalismo pela PUC-Rio, escreveu a dissertação
100% Off – O Manual do colonizado, onde analisou
a colonização cultural do brasileiro, tema que volta a
abordar em A arma escarlate.
Trabalhou por três anos fazendo pesquisa e
roteiro para cinema-documentário antes de decidir se
dedicar exclusivamente ao seu primeiro livro. Nesse
meio tempo, implementou uma forma de interação
com seus leitores, em que eles podem conversar
virtualmente com alguns dos personagens do livro
através de redes sociais; fazendo-lhes perguntas,
batendo um papo descompromissado ou até mesmo
tentando descobrir segredos da trama. Seu objetivo
como escritora é contar histórias que divirtam e, ao
mesmo tempo, façam o leitor refletir sobre si mesmo
e sobre o mundo a sua volta. “Eu não poderia criar
uma escola de bruxaria britânica no Rio de Janeiro.
A não ser que ela houvesse sido construída e fosse
dirigida, até os dias de hoje, por britânicos”.
Boa Leitura!
Olá, Renata Ventura, é um prazer tê-la conosco no
projeto Divulga Escritor. Você é um verdadeiro
fenômeno: são poucos os escritores que fazem
sucesso tendo apenas um livro publicado. Antes de
tudo, parabéns. Conte-nos: quando e como surgiu
o seu gosto pela escrita?
Renata Ventura: Eu sempre quis escrever. Na
verdade, sempre gostei de criar histórias; eu pensava
em muitas cenas e personagens, que ficavam todos na
minha cabeça, mas que eu queria colocar no papel!
Nunca gostei de escrever redação para a escola. A
ideia de escrever um texto com um tema pré-escolhido pela professora, com um número
determinado de páginas, em poucos minutos, nunca
me agradou. Eu queria escrever livros gigantes! Com
histórias superelaboradas! Haha. Sempre adorei ler e
sempre adorei ver filmes. Para mim, os dois são muito parecidos, porque o que mais importa, para mim, é a
história a ser contada. O veículo em que ela chega, às
vezes, não é importante. Como, no entanto, fazer
cinema é mil vezes mais complicado, ainda mais no
Brasil, eu preferi a literatura, onde a gente sempre
pode colocar mais detalhes e mais reflexões do que
em três horas de filme.
Que temas você aborda em seu livro A arma escarlate?
Renata Ventura: Nossa! São muitos. Desigualdade
social, abandono, analfabetismo, violência, bullying,
impulsividade, arrogância, corrupção policial e
política, mitologia e história brasileira, drogas,
amizade, proteção dos animais, cidadania... é muita
coisa.
Em quem você se inspirou para criar Hugo?
Renata Ventura: Ele é muito um produto do meio.
Eu fui descobrindo Hugo à medida que ele ia reagindo
às ameaçadas que o cercavam, com sua
impulsividade, seu egoísmo, sua arrogância, sua
raiva. Eu fui vendo que, sem essas características,
Hugo provavelmente não teria sobrevivido até os 13
anos de idade.
Por que você quis criar a Korkovado tão diferente
de Hogwarts? Acha mesmo que uma escola de
bruxaria no Brasil seria tão diferente assim de
uma na Grã-Bretanha?
Renata Ventura: Sim, sim. Tão diferente quanto as
nossas escolas são das escolas britânicas. Com
certeza. Nossos bruxos até tentam copiar o modo
britânico de ser, porque a gente gosta de tudo que vem
de fora, mas o brasileiro (inclusive o bruxo brasileiro)
faz tudo meio nas coxas, não se importa muito com a
qualidade, acha que vai dar certo apenas com um
jeitinho, uma gambiarra, e aí fica uma coisa meio...
desorganizada, sem muito planejamento. Eu não
poderia criar uma escola de bruxaria britânica no Rio
de Janeiro. A não ser que ela houvesse sido construída
e fosse dirigida, até os dias de hoje, por britânicos.
Renata, onde podemos comprar o seu livro?
Renata Ventura: Ele está à venda nas melhores
livrarias, mas pode ser comprado também pelo site da
Saraiva, da Submarino... (na Submarino, eles se
esqueceram de mudar a foto da capa do livro, mas é a
capa nova que estão vendendo!) Também é possível comprar comigo autografado! Eu envio o livro pelo
correio sem problemas! É só me enviar um e-mail:
[email protected], que eu passo as
instruções.
De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
Renata Ventura: Sempre pelas redes sociais (nossa
salvação, hehe): Skoob, Facebook etc. E vou muito
em eventos.
Eventos literários, eventos de RPG, de anime.... São
sempre muito divertidos! Adoro conhecer todo
mundo.
Quais seus próximos projetos literários? Ficamos
sabendo que vem nova publicação, dá para nos
adiantar sobre seu novo livro?
Renata Ventura: Sim, sim, é a continuação de A
arma escarlate. Irá se chamar A comissão chapeleira
e vai ser mais político do que o primeiro. O vilão
principal da série aparece nesse e eu sou apaixonada
por ele.
A série do Hugo Escarlate será composta de
quantos livros?
Renata Ventura: Serão 5 livros, com um sexto a
respeito do vilão principal.
Quais os principais objetivos do projeto Potter em
Orfanatos? Como fazer para conhecer melhor o
projeto e participar?
Renata Ventura: O principal objetivo é incentivar o
gosto pela leitura nas crianças carentes em orfanatos
e casas de acolhimento. Mostrar como a leitura pode
ser algo muito divertido e pode levá-las a mundos
extraordinários. Para participar, é só procurar pelo
projeto Potter em Orfanatos no Facebook e encontrar
o grupo de seu estado!
Quais as melhorias que você citaria para o
mercado literário no Brasil?
Renata Ventura: Os leitores brasileiros estão
aceitando melhor autores nacionais. Ainda há
preconceito, especialmente porque as livrarias e as
próprias editoras preferem comprar livros
estrangeiros traduzidos do que apostar em novos
talentos brasileiros, mas o cenário está mudando!
Cada vez surgem mais jovens autores nacionais que
lançam livros de fantasia, terror, romance, policial,
tudo! E aquela velha noção de que “livro brasileiro”
é sinônimo de “Machado de Assis” está, aos poucos,
caducando. Não que Machado de Assis seja ruim, muito pelo contrário! É ótimo! Mas precisamos ver
que a literatura brasileira não parou no dia em que
esses autores clássicos morreram! Mesmo que a
maioria das escolas insistam em dizer que sim.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista,
agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora
Renata Ventura, que mensagem você deixa para
nossos leitores?
Renata Ventura: Leiam cada vez mais! E leiam de
tudo!!!!
(Adaptado de:
https://www.divulgaescritor.com/products/renataventura-entrevista/. Acesso em: 14/07/2023).
Como, no entanto, fazer cinema é mil vezes mais
complicado, ainda mais no Brasil, eu preferi a
literatura, onde a gente sempre pode colocar mais
detalhes e mais reflexões do que em três horas de
filme.
O sintagma sublinhado no trecho acima configura uma oração subordinada do tipo:
O sintagma sublinhado no trecho acima configura uma oração subordinada do tipo: