Qual é o mecanismo pelo qual o vírus da raiva evita a respo...
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Alternativa Correta: B - Neurotropismo, o que protege o vírus dos anticorpos e das células do sistema imune.
O vírus da raiva possui um mecanismo altamente eficaz para evadir a resposta imune do hospedeiro. Ao se concentrar no neurotropismo, esse vírus tem afinidade por células do sistema nervoso. Assim, ele se localiza em um ambiente onde o sistema imunológico tem menor acesso, já que os neurônios são menos sujeitos à ação dos anticorpos e de outras células imunológicas. Dessa forma, o vírus consegue se esconder do sistema imune e evitar a sua eliminação.
Análise das Alternativas:
A - Supressão da produção de interferons: Embora muitos vírus promovam a supressão de interferons para evitar a resposta antiviral, este não é o principal mecanismo utilizado pelo vírus da raiva, cujo destaque é a preferência por tecidos neurais.
C - Ativação das células apresentadoras de antígeno: Esta alternativa está incorreta porque ativar essas células facilitaria uma resposta imune robusta, o que é o oposto do que o vírus da raiva faz para escapar do sistema de defesa do hospedeiro.
D - Estimulação dos linfócitos T: Esse mecanismo resultaria em uma resposta imune eficaz, enquanto o vírus da raiva busca evitar tal ativação para sobreviver no organismo.
E - Inibição da replicação viral nos neurônios: Isso não faz sentido, pois o vírus da raiva depende da replicação nos neurônios para sua disseminação e patogenicidade. Inibir essa replicação não beneficiaria o vírus.
Compreender como o vírus da raiva se adapta ao ambiente do hospedeiro ilustra a importância do conhecimento fisiopatológico na clínica veterinária, aumentando a eficiência no combate e prevenção de infecções virais.
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""Durante o período de incubação, antes do comprometimento do SNC, a presença de vírus não pode mais ser evidenciada por métodos convencionais de diagnóstico e alguns pesquisadores denominam este período de “eclipse” viral. As partículas alcançam as células neuronais do tronco cerebral, hipocampo, tálamo, medula e do cerebelo. As lesões de poliencefalomielite rábica são caracterizadas pela infiltração perivascular de células mononucleares, gliose focal e regional e neuronofagia. A degeneração do neurônio, circundada por macrófagos e, ocasionalmente, por outras células inflamatórias, forma um núcleo de neuronofagia, denominado de nódulo de Babe. Eventualmente, a vacuolização produz o aparecimento de lesão espongiforme na raiva. Ocorre também desmielinização. Agrupamentos de proteínas virais formando corpúsculos de inclusões intracitoplasmáticas, denominados de corpúsculos de Negri, são especialmente encontrados nos citoplasmas dos neurônios e células de Purkinje, no cerebelo.A produção de interferon (IFN) foi demonstrada em vários experimentos de inoculação com vírus da raiva, porém a indução de altos títulos de IFN no cérebro não inibiu a replicação viral em camundongos."" (pág. 50, Manual de Controle da Raiva dos Herbívoros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
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