Apoiados nas discussões que vinham ocorrendo nas áreas educ...

Olá, aluno! Vamos analisar a questão proposta e entender o porquê da alternativa correta e das incorretas.

A alternativa correta é a letra E - Teoria Crítico-Emancipatória.

A partir da década de 1980, houve um movimento significativo no campo da Educação Física no Brasil, influenciado por discussões educacionais que buscavam desafiar o modelo hegemônico do esporte e da aptidão física. Esse movimento resultou na elaboração de pressupostos teóricos embasados em uma perspectiva crítica, muitas vezes de tendência marxista.

A Teoria Crítico-Emancipatória propõe que o papel do professor é o de confrontar o aluno com a realidade do ensino, prática denominada de "transcendência de limites". Isso significa que o professor deve ajudar os alunos a entenderem e superarem as condições limitantes presentes em sua realidade social, tornando-se, assim, agentes de sua própria emancipação.

Vamos agora analisar as alternativas incorretas:

Alternativa A - Teoria Crítico-Superadora

A Teoria Crítico-Superadora também é influenciada pelo pensamento marxista e busca superar as limitações impostas pelo modelo tradicional de Educação Física. No entanto, esta teoria foca mais na superação das práticas tradicionais do que na ideia de "transcendência de limites" como papel didático principal.

Alternativa B - Teoria Desenvolvimentista

A Teoria Desenvolvimentista está mais relacionada ao desenvolvimento das habilidades motoras e competências físicas dos alunos, baseando-se em estágios de desenvolvimento e maturação. Não possui a mesma orientação crítica e emancipatória que a Teoria Crítico-Emancipatória.

Alternativa C - Teoria da Saúde Renovada

Esta teoria enfatiza a promoção da saúde e bem-estar através da Educação Física, focando em melhores práticas de saúde e atividade física. Embora importante, ela não aborda a crítica social e a emancipação do aluno como foco central.

Alternativa D - Teoria Construtivista-Interacionista

Essa teoria é baseada nas ideias de Jean Piaget e Lev Vygotsky, focando na construção do conhecimento através da interação social e do ambiente, mas não possui a abordagem crítica e emancipatória proposta pela Teoria Crítico-Emancipatória.

Resumindo, a Teoria Crítico-Emancipatória é a que melhor se enquadra na descrição da questão, pois enfatiza o papel do professor em ajudar os alunos a reconhecer e superar as limitações impostas pela realidade social, promovendo sua emancipação.

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O papel do professor na concepção crítico-emancipatória confronta, num primeiro momento, o aluno com a realidade do ensino, o que o autor (Elenor Kunz) denominou de transcendência de limites. Concretamente a forma de ensinar pela transparência de limites pressupõe três fases. Na primeira os alunos descobrem, pela própria experiência manipulativa, as formas e meios para uma participação bem-sucedida em atividades de movimentos e jogos. Devem também manifestar, pela linguagem ou representação cênica, o que experimentaram e o que aprenderam numa forma de exposição, e por último, os alunos devem aprender a perguntar e questionar sobre suas aprendizagens e descobertas, com a finalidade de entender o significado cultural da aprendizagem

 TransCEndência de Limites = Crítico-Emancipatória