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“Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos” 31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos

    Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente!
    O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa.
    Muitas e muitas crianças têm atividades extracurriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.
    Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”. As préescolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré-vestibulares.
    Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer
    Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar. Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que seja. Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e principalmente: não sabem esperar. Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas.
    Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.
    Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.
    Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do uso consciente do nosso tempo.
    E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.
    Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar!

(Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos-enlouquecendo-nossas-criancas-estimulos-demais-concentracao-de-menos/)
Observe o excerto: “Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo.” A oração destacada é classificada como
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta para a questão é a E - uma oração subordinada adjetiva explicativa.

Tema central da questão: A questão aborda a identificação de tipos de orações subordinadas, um tópico crucial em Sintaxe, que envolve o reconhecimento e a classificação das orações dentro de um período composto. Para resolvê-la, é necessário compreender como as orações se conectam ao substantivo antecedente, modificando ou acrescentando informações.

Justificativa da alternativa correta: A oração destacada "que nem mesmo palhaços profissionais têm" é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Esta oração fornece uma informação adicional sobre o repertório mágico, caracterizando-a como explicativa, pois não limita ou restringe o significado do termo "repertório mágico". As orações adjetivas explicativas costumam ser introduzidas por pronomes relativos como "que" e são separadas por vírgulas, como é o caso na frase apresentada.

Análise das alternativas incorretas:

A - uma oração subordinada substantiva subjetiva: Este tipo de oração funciona como sujeito de outra oração, o que não se aplica aqui, pois a oração destacada é um complemento que descreve um substantivo.

B - uma oração subordinada substantiva objetiva direta: Estas orações atuam como complemento direto do verbo da oração principal, o que não ocorre no exemplo dado, pois a oração "que nem mesmo palhaços profissionais têm" qualifica "repertório mágico".

C - uma oração subordinada substantiva objetiva indireta: Assim como as objetivas diretas, estas funcionam como complemento do verbo, mas introduzidas por preposição, o que não é o caso aqui.

D - uma oração subordinada adjetiva restritiva: Este tipo de oração limita o significado do substantivo antecedente, o que não ocorre aqui, pois a oração apenas adiciona uma informação extra.

Por meio dessa análise, compreendemos como identificar diferentes tipos de orações subordinadas, focando em suas características e funções no contexto da frase.

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Comentários

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As  orações subordinadas adjetivas classificam-se em: explicativas e restritivas

Explicativas: acrescentam uma qualidade acessória ao antecedente e são separadas da oração principal por vírgulas. ...

Restritivas: restringem o significado do antecedente e não são separadas da oração principal por vírgulas.

Oração subordinada adjetiva:

Restritiva: não é separada por vírgulas

Explicativa: separada por vírgulas.

GABARITO: E

As  orações subordinadas adjetivas classificam-se em: explicativas e restritivas

ORAÇÃO SUBSTANTIVAS: QUE POR ISSO, SE ISSO,

ADJETIVAS: QUE POR O QUAL, A QUAL,

> Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que ( NA QUAL,A QUAL,) nem mesmo palhaços profissionais têm, 

, que = explicativa

Rumo : PMCE

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