Em: “para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS ...

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Q1121382 Português

Qual a utilidade de dez minutos por dia, em

um dia comum?

        Não é essencial muita reflexão para se perceber que dez minutos é tempo curto demais para a maior parte das atividades cotidianas. Uma bela mulher gasta mais tempo para se arrumar, e um homem, mesmo que pouco vaidoso, gasta mais que isso para tomar um banho rápido, fazer a barba e pentear o cabelo.

       Dez minutos diários de caminhada é melhor que nada, mas insuficiente para uma perda mensal de peso significativa, e esse mesmo tempo em uma sala de ginástica é reduzido para exercícios aeróbicos ou atividades múltiplas de musculação. Se a receita é reduzir o colesterol e melhorar a condição cardiorrespiratória, esse ínfimo tempo é quase nada e, se proposto como receita para melhorar a condição física, certamente provocaria risos.

      Dez minutos diários em deslocamento nos veículos públicos quase não nos tira do lugar, e um almoço com essa duração seria certamente um risco para a saúde. Dez minutos de sono é menos que um cochilo, e uma boa paquera jamais se contentaria com um tempo assim reduzido.

      Em síntese, a real utilidade de dez minutos em um dia comum passa quase despercebida por sua inútil validade e se distancia do tempo que gastamos para um excelente trabalho, um bom descanso, uma ótima alimentação ou cuidados com o corpo e a elegância.

      Encare, agora, os mesmos dez minutos por outro ângulo. Imagine uma pessoa que reserve essa fração quase inútil de seu dia para um momento de leitura. Ou para uma firme decisão de bem empregar esse tempo, ainda que apenas esse tempo.

      Um leitor comum costuma ler cerca de 150 palavras por minuto, sendo assim, em dez minutos, lê 10 500 palavras, ou um pouco mais. Uma página de um livro de ficção normal reúne cerca de 500 palavras – quase o mesmo que esta crônica. Logo, nesses dez minutos, esse leitor, sem pressa ou correria, teria devorado nada menos que três páginas. Em uma semana estaria chegando a cerca de 20 páginas, e em um mês poderia ter lido 90 páginas. Um bom livro de qualquer assunto costuma abrigar em média 150 páginas e, nesse caso, o nosso leitor estaria, com folga, lendo um livro a cada dois meses, portanto, seis livros por ano. Se for cuidadoso e souber fazer boas escolhas, com esse acervo formidável, muda sua vida, amplia seus pensamentos, agrega cultura para conversar, paquerar, argumentar e decidir. Curiosamente, aquele mesmo tempinho diário que não muda o corpo, nada faz pela pessoa e pouco agrega às relações pessoais, aplicado em uma leitura muda a cabeça, embeleza a alma.

   Agora, para que seus pensamentos possam voar, imagine que a lógica irrefutável desses argumentos seja apresentada a uma criança de 10 anos que, entusiasmada, adote a prática. Quando chegar aos 30 anos, terá lido nada menos que 120 livros e, assim, escancarado as portas para o conhecimento, a cultura, a beleza e a descoberta, em si mesmo, de tudo quanto a vida é capaz de proporcionar.

Celso Antunes. (Em www.celsoantunes.com.br.) Acesso em 22/12/2017

Em: “para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS PARA A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES COTIDIANAS.” a oração destacada exerce função de:
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para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS PARA A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES COTIDIANAS.

A oração destacada funciona como objeto direto oracional da oração anterior, portanto é uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

GABARITO. B

GABARITO: LETRA B

→ “para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS PARA A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES COTIDIANAS.”

→ quem percebe, percebe alguma coisa, o "que" é uma conjunção integrante, equivale a "isso", dá início a uma oração subordinada objetiva direta, sendo um objeto direto.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

GABARITO: LETRA B

→ “para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS PARA A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES COTIDIANAS.”

→ quem percebe, percebe alguma coisa, o "que" é uma conjunção integrante, equivale a "isso", dá início a uma oração subordinada objetiva direta, sendo um objeto direto.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

A questão quer saber qual a função exerce a oração em destaque em “para se perceber QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS PARA A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES COTIDIANAS.”. Vejamos:

A objeto indireto.

Objeto indireto: é o termo preposicionado que completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI) ou de um verbo transitivo direto e indireto (VTDI). 

Ex.: Eu confio em Deus. (“confio” é VTI. “em Deus” é objeto indireto) 

Já em “Eu tenho confiança em Deus”, “em Deus” é complemento nominal, pois está ligado ao substantivo “confiança”. 

B objeto direto.

Objeto direto: se liga diretamente a verbos transitivos diretos (VTD) e verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI). 

Ex.: Comprei um dicionário. (“comprei” é verbo transitivo direto. “um dicionário” é o objeto direto) 

Para se perceber o quê? Resposta: ISSO (que dez minutos é tempo curto demais para a maior...)

Logo, o "que" que inicia a oração é conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

A palavra que pode ser:

Conjunção integrante: introduz oração subordinada substantiva. É mero conectivo oracional. A oração pode ser trocada por "isso, nisso, disso". Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito disso)

 

Pronome relativo: introduz oração subordinada adjetiva. Exerce função sintática de sujeito, obj. direto, obj. indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito ou aposto. A palavra pode ser trocada por "o qual, a qual, os quais, as quais". Ex.: O livro que li era péssimo. (que = o qual)

C complemento nominal.

Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido de um nome (advérbio, substantivo ou adjetivo), ligando-se a eles por meio de preposição. 

Ex.: A leitura do livro foi rápida. (“leitura” é substantivo. “do livro” é complemento nominal”) 

A comida do restaurante estava cheia de mofo. (“cheia” é adjetivo. “de mofo” é complemento nominal) 

Eles agiram favoravelmente ao povo. (“favoravelmente” é advérbio. “ao povo” é complemento nominal) 

D predicativo.

Predicativo: adjetivo ou expressão com função adjetiva, localizada no predicado, que qualifica o sujeito ou o objeto. O predicativo pode expressar uma qualidade (alto, magro, bonito...) ou um estado (cansado, pensativo, triste...) do termo ao qual se refere. Pode ser predicativo do sujeito: quando o adjetivo se refere ao sujeito. Ex.: Os alunos são inteligentes. E pode ser predicativo do objeto: quando o adjetivo se refere ao objeto. Ex.: Eu comprei livros usados.

E aposto.

Aposto: é um termo acessório ligado a substantivos, pronomes ou orações. É usado para explicar, identificar, esclarecer, especificar, comentar ou simplesmente apontar algo, alguém ou um fato relacionado com um antecedente. 

João, o melhor aluno da sala, passou em primeiro lugar no concurso. 

 

Gabarito: Letra B

para perceber Isso =conjunção integrante/ função substantivo

quem percebe, percebe alguma coisa VTD---> ISSO Objeto Direto

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