Gestante de 32 semanas é admitida após pico pressórico no Pr...
Gestante de 32 semanas é admitida após pico pressórico no Pronto Atendimento da Maternidade. Ao exame, nota-se hipertonia uterina com saída de grande quantidade de sangue via vaginal. Paciente apresenta-se taquicárdica e com pulso fino. Não é auscultado batimento cardíaco fetal e ao toque vaginal é evidenciado dilatação cervical de 3cm e bolsa íntegra. Diante deste quadro, assinale a alternativa que apresenta o que não deve fazer parte do atendimento inicial desta paciente.
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Alternativa Correta: D - indução do trabalho de parto
Na situação clínica descrita, temos uma gestante de 32 semanas com hipertonia uterina, sangramento vaginal significativo e ausência de batimento cardíaco fetal. Esse quadro é altamente sugestivo de um descolamento prematuro de placenta, uma emergência obstétrica que pode levar a consequências graves para a mãe e o feto.
A questão exige que identifiquemos o que não deve fazer parte do atendimento inicial dessa paciente.
A - Amniotomia: A amniotomia, ou rompimento da bolsa amniótica, pode ser considerada como parte do manejo obstétrico em casos de descolamento prematuro de placenta, especialmente se a decisão for por acelerar o trabalho de parto. Entretanto, é importante ressaltar que a execução imediata deve ser avaliada com cautela, mas não é o foco do que não deve ser feito.
B - Hidratação vigorosa endovenosa: A reposição volêmica é crucial, pois a paciente apresenta sinais de choque hipovolêmico (taquicardia, pulso fino) devido ao sangramento. Portanto, a hidratação vigorosa é uma medida essencial e justificada.
C - Oxigenoterapia: Fornecer oxigênio à paciente é uma ação imediata para garantir a melhor perfusão tecidual possível, especialmente em um cenário de choque. Isso faz parte do tratamento adequado.
D - Indução do trabalho de parto: Esta é a alternativa que não deve fazer parte do atendimento inicial. Na presença de sofrimento materno agudo e ausência de vitalidade fetal, a prioridade é estabilizar a paciente. A indução do trabalho de parto não é indicada de forma imediata nesses casos críticos e pode ser prejudicial se a estabilidade hemodinâmica não for alcançada primeiro.
Em resumo, a indução do trabalho de parto não deve ser iniciada antes de estabilizar a condição materna, garantindo sua segurança e corrigindo o choque.
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questão sobre atendimento inicial em gestante com sinais de descolamento prematuro de placenta
alternativa correta: D - indução do trabalho de parto.
justificativa
O quadro clínico descrito é compatível com um descolamento prematuro de placenta, uma condição obstétrica grave em que ocorre a separação da placenta da parede uterina antes do parto. Esse descolamento pode levar a sangramento vaginal significativo, hipertonia uterina, ausência de batimento cardíaco fetal e sinais de choque, como taquicardia e pulso fino, o que pode indicar a gravidade do quadro.
Neste contexto, a indução do trabalho de parto não deve ser realizada, pois a prioridade é estabilizar a paciente, controlar o sangramento e realizar o monitoramento fetal e materno. A indução do parto em um quadro de descolamento de placenta pode agravar a situação, aumentando o risco de complicações para a mãe e o feto. A conduta mais indicada é realizar o acompanhamento cuidadoso e, caso necessário, realizar uma cesariana de emergência, dependendo da situação clínica da mãe e do feto.
análise das demais alternativas
[A]: Amniotomia (rompimento artificial da bolsa) não é indicada em casos de descolamento prematuro de placenta, pois pode agravar o sangramento e aumentar os riscos para a gestante e o feto. Contudo, a amniotomia pode ser considerada em outras situações obstétricas específicas, mas não nesse caso.
[B]: A hidratação vigorosa endovenosa é uma medida essencial para estabilizar a paciente, especialmente devido ao risco de choque hipovolêmico devido à perda de sangue.
[C]: A oxigenoterapia é indicada para melhorar a oxigenação fetal e materna, especialmente em situações de comprometimento da circulação placentária e risco de hipóxia fetal.
resumo:
No caso de descolamento prematuro de placenta, a indução do trabalho de parto não é indicada devido ao risco de complicações graves para a gestante e o feto. A prioridade deve ser a estabilização da paciente e a monitorização da situação obstétrica.
pontos chave
♦ Descolamento prematuro de placenta é uma emergência obstétrica grave que requer monitoramento rigoroso e estabilização da paciente.
♦ A indução do trabalho de parto não deve ser realizada em casos de descolamento de placenta, pois pode piorar o quadro.
♦ Medidas como hidratação vigorosa, oxigenoterapia e monitoramento adequado são essenciais para a estabilidade materna e fetal.
♦ A cesariana pode ser indicada em casos graves de descolamento prematuro de placenta, dependendo da condição da mãe e do feto.
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