Recém‐nato avaliado no berçário apresenta incapacidade de mo...
Recém‐nato avaliado no berçário apresenta incapacidade de movimentar o membro superior direito. Em decúbito dorsal o lado direito se apresentava em adução e rotação interna. O reflexo de Moro é assimétrico e a preensão dos dedos está preservada no lado direito. A criança pesava no momento do parto 4100 g e o parto teve que ser conduzido com auxílio de fórceps. A apresentação foi cefálica.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
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O tema central desta questão é a paralisia obstétrica do plexo braquial, uma condição que pode ocorrer em recém-nascidos, frequentemente associada a partos complicados, como o uso de fórceps ou o peso elevado ao nascer. Para resolver a questão, é necessário compreender as características clínicas dessa condição, incluindo a identificação dos sinais e sintomas clássicos e o tratamento apropriado.
Alternativa correta: E - "Bíceps e deltoide recuperados até o segundo mês tem valor favorável."
Essa é a resposta correta porque a recuperação das funções do bíceps e deltoide nos primeiros dois meses é um bom prognóstico na paralisia de Erb-Duchenne, que afeta as raízes nervosas superiores (C5-C6). A presença de movimento nesses músculos indica uma recuperação neurológica satisfatória, sugerindo que a lesão foi parcial ou de menor gravidade.
Justificativa das alternativas incorretas:
A - "A radiografia não ajuda em relação ao diagnóstico diferencial." Esta alternativa está incorreta porque, embora o diagnóstico de paralisia do plexo braquial seja geralmente clínico, a radiografia pode ser útil para descartar fraturas, como a fratura de clavícula, que também pode ocorrer em um parto difícil e causar sintomas semelhantes.
B - "O sinal de Claude‐Bernard‐Horner tem valor favorável." O sinal de Claude-Bernard-Horner, que inclui ptose palpebral, miose e anidrose, indica lesão das raízes nervosas mais baixas (C8-T1) e não é favorável, pois sugere um dano mais extenso ao plexo braquial.
C - "Deve ser tratada na posição da Estátua da Liberdade ou esgrimista." O tratamento com posicionamento em "Estátua da Liberdade" não é uma prática estabelecida ou recomendada para paralisia do plexo braquial. O tratamento geralmente envolve fisioterapia e, em casos graves ou que não melhoram, pode ser considerado tratamento cirúrgico.
D - "A paralisia Erb‐Duchenne tem acometimento maior das raízes mais baixas." Esta afirmação está incorreta. A paralisia de Erb-Duchenne afeta as raízes mais altas (C5-C6) do plexo braquial, não as mais baixas.
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A alternativa correta é:
E - "Bíceps e deltoide recuperados até o segundo mês têm valor favorável."
Justificativa:
A descrição clínica do recém-nato é compatível com uma paralisia de Erb-Duchenne, que é uma lesão das raízes C5 e C6 do plexo braquial, comumente causada por distúrbios no parto, especialmente quando o uso de fórceps é necessário. Essa paralisia leva à inabilidade de movimentar o braço e à posição em adução e rotação interna do membro afetado. Em casos de paralisia de Erb-Duchenne, a recuperação dos músculos bíceps e deltoide até o segundo mês de vida tem um prognóstico favorável, pois a regeneração dos nervos nessas fases iniciais é mais eficiente.
Análise das alternativas:
A: Errada - A radiografia ajuda no diagnóstico diferencial, especialmente para excluir fraturas ósseas associadas ao trauma de parto.
B: Errada - O sinal de Claude-Bernard-Horner está associado a lesões do plexo braquial inferior (C8 e T1) e não tem valor favorável para a paralisia de Erb-Duchenne, que é uma lesão das raízes C5 e C6.
C: Errada - A posição de esgrimista (braço em flexão e rotação externa) não é a indicada para a paralisia de Erb-Duchenne. A posição mais frequentemente recomendada é a posição do "braço pendente" ou a posição de abdução leve para aliviar a tensão sobre os nervos.
D: Errada - A paralisia de Erb-Duchenne afeta as raízes mais altas (C5 e C6) do plexo braquial, e não as mais baixas (C8 e T1), que são associadas a lesões de Klumpe (paralisia do plexo braquial inferior).
Resumo:
A paralisia de Erb-Duchenne geralmente resulta de um trauma durante o parto e afeta as raízes C5 e C6 do plexo braquial. O prognóstico é melhor quando ocorre recuperação de músculos como bíceps e deltoide até o segundo mês de vida.
Pontos chave
- A paralisia de Erb-Duchenne afeta as raízes C5 e C6 do plexo braquial.
- A recuperação de músculos como bíceps e deltoide até o segundo mês é favorável para o prognóstico.
- A radiografia pode ser útil para diagnóstico diferencial, excluindo fraturas ósseas.
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