Analise: “Estes poderão carregar o carro em apenas 40 minut...
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Ano: 2022
Banca:
Instituto UniFil
Órgão:
Prefeitura de Lidianópolis - PR
Prova:
Instituto UniFil - 2022 - Prefeitura de Lidianópolis - PR - Oficial Administrativo |
Q1947713
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Quanto custa carregar um carro elétrico?
Por Paulo Amaral
Como cada empresa fornecedora de energia cobra uma
tarifa diferente no Brasil, vamos adotar como padrão o valor do
kilowatt/hora praticado em São Paulo em fevereiro de 2022
pela Enel: R$ 1,304, com impostos inclusos. Também para
efeitos de padronização, o carro será o elétrico mais vendido do
Brasil em 2021, o Nissan Leaf.
Capacidade da bateria
Antes de mais nada, para saber quanto custa carregar um
carro elétrico em casa é necessário se informar sobre qual a
capacidade da bateria do modelo que você tem na garagem —
algo que, convenhamos, normalmente você sabe desde que
comprou o veículo. Para quem não tem um carro elétrico, mas
está pensando em comprar um, a informação é preciosa. O
Nissan Leaf, por exemplo, tem uma bateria de 40 kWh.
Autonomia do carro
Outro ponto fundamental para entender o quanto custa
carregar um carro elétrico é saber qual a autonomia dele. Ou
seja: quantos quilômetros ele vai rodar por carga completa.
Quanto mais ele rodar, menos vezes você terá que carregar e,
consequentemente, menos irá gastar. O Nissan Leaf tem
autonomia de 270 quilômetros em seu ciclo WLTP,
padronizado pela União Europeia e adotado na maior parte dos
países do mundo como referência, inclusive no Brasil. Então
nossas contas serão baseadas nele.
Potência do carregador
Existem diversos tipos de carregadores, mas, mais uma
vez para efeitos de padronização, faremos o cálculo de quanto
custa carregar um carro elétrico em casa com base na potência
de um dos mais comuns, que é vendido tanto pela Nissan como
por outras marcas. O carregador em questão fornece capacidade
de carga de 7 kWh. Portanto, para carregar completamente a
bateria de um Nissan Leaf, que é de 40 kWh, seriam necessárias
6 horas (arredondando, pois é um pouco menos, na verdade)
com o carro plugado à fonte de energia.
Matemática pura
Agora chegou a hora de pegar a calculadora e seguir com
as contas. Sabendo que a bateria é de 40 kWh, o carregador de
7 kWh e o tempo de carga completa de aproximadamente 6
horas, qual custo isso gerará ao dono do carro a cada ciclo?
Vamos usar a boa e velha matemática para saber o consumo
equivalente entre carros elétricos e a combustão. O primeiro
passo é saber qual o gasto do Nissan Leaf a cada 100
quilômetros e, a partir daí, encontrar o valor exato de kWh que
ele gasta a cada carga. A regra de três é simples: 40 kWh
(capacidade da bateria)/x = 270 km (autonomia total) /100. Isso
significa que “x” é igual a 4.000 / 270, que resulta em um gasto
de 14,81 kWh a cada 100 quilômetros rodados. Agora ficou
fácil, né? Se 14,81 kWh é o gasto a cada 100 quilômetros, em
270km, que é a autonomia total, o gasto em kWh é de 39,98
kWh. Como cada kWh em São Paulo custa R$ 1,304, o custo
por carregar um Nissan Leaf e rodar 270km é de R$ 52,13. Vale
lembrar que o litro da gasolina, em média, está na casa dos R$
6 na capital paulista. Como um carro similar ao Nissan Leaf tem
tanque com capacidade de 50 litros, o custo de abastecimento
seria de R$ 300 por tanque, quase seis vezes maior do que o
dono de um carro elétrico gasta.
Carregadores públicos e ultrarrápidos
Para finalizar, faltou abordar as opções para quem tem
carro elétrico, mas não quer (ou não gosta) de carregar o veículo
na rede da própria residência. Para você que se encaixa neste perfil, há opções disponíveis e um cenário animador pela frente.
Alguns dos principais shoppings e supermercados da cidade de
São Paulo (e de outras cidades do Brasil) contam com uma rede
de carregadores públicos, mais potentes do que os instalados
nas residências, mas que ainda exigem um bom tempo para
fazer a carga completa do carro. Nesses casos, o único gasto do
cliente será com o estacionamento, que normalmente é cobrado
após um certo período de permanência no local. A gratuidade
dos centros comerciais em relação ao uso dos carregadores
elétricos, na verdade, não é “bondade”. Ela é praticada porque
a legislação brasileira, ao menos por enquanto, não permite que
empresas, exceto as fornecedoras de energia (como a Enel)
cobrem qualquer tipo de taxa. Há projetos, no entanto, para que
a regulamentação seja alterada em breve. Há também, ainda de
forma embrionária, estações de carregamento ultrarrápido
disponíveis. A Movida, locadora de veículos, por exemplo,
fechou uma parceria com a Nissan e a Zletric e inaugurou, na
Marginal Tietê, uma estação que conta com 11 carregadores
rápidos e ultrarrápidos. Apesar de a recarga também ser
gratuita, por lá ela é exclusiva para clientes da locadora ou para
proprietários do Nissan Leaf. Estes poderão carregar o carro em
apenas 40 minutos, e sem gastar um único centavo.
Disponível em https://canaltech.com.br/carros/quanto-custa-carregar-um-carroeletrico-209077/
Analise: “Estes poderão carregar o carro em apenas
40 minutos, e sem gastar um único centavo.” E
assinale a alternativa correta.