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Q2383720 Medicina
Leia o caso a seguir.


Paciente feminina, jovem, chega ao pronto socorro com queixa de mal-estar súbito. Ao passar pela triagem, identifica-se FC 165 bpm, PA 130x92 mmHg, SATO2 97% em ar ambiente, FR 19 ipm. Paciente consciente e orientada, sem história de confusão mental, nega dor torácica, dispneia, síncope e outras queixas. Nega comorbidades e refere ser o primeiro episódio. Foi monitorizada, realizado acesso venoso periférico e eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações. Ao realizar o ECG, é identificado taquicardia supraventricular, com QRS estreito.


As medidas iniciais que devem ser realizadas para tratar a paciente são
Alternativas

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A alternativa correta para a questão é A.

A questão apresenta um caso clínico de uma paciente jovem com uma taquicardia supraventricular (TSV). É essencial entender o manejo inicial apropriado para esse tipo de arritmia.

Primeiramente, vamos discutir a alternativa correta:

Alternativa A: realizar a manobra vagal e, caso não se obtenha reversão, infundir adenosina na dose de 6 mg IV flush rápida, seguido de bolus com solução salina e elevação do membro.

Na prática clínica, a abordagem inicial para uma taquicardia supraventricular com QRS estreito inclui manobras vagais, como a manobra de Valsalva ou a massagem do seio carotídeo. Se essas manobras não forem eficazes, a administração de adenosina é recomendada. A adenosina é um agente antiarrítmico que pode interromper a reentrada nodal, restaurando o ritmo sinusal. Este procedimento está em conformidade com as diretrizes atuais de cardiologia.

Agora, explicamos por que as outras alternativas estão erradas:

Alternativa B: cardioverter, após sedação, em sala vermelha, seguido de infusão com amiodarona ou lidocaína.

A cardioversão elétrica é uma opção para taquicardias hemodinamicamente instáveis ou quando as intervenções farmacológicas falham. No entanto, no caso apresentado, onde a paciente está estável e orientada, as manobras vagais e a adenosina são preferíveis.

Alternativa C: infundir atropina 1 mg IV, seguido de bolus com solução salina e elevação do membro. Caso não se obtenha reversão, administrar beta-bloqueador IV.

A atropina é usada principalmente no tratamento de bradiarritmias, não sendo adequada para taquicardias supraventriculares. Além disso, a administração de um beta-bloqueador intravenoso é uma segunda linha de tratamento e não é recomendada como primeira intervenção em um caso estável de TSV com QRS estreito.

Alternativa D: desfibrilar, após sedação, seguido de infusão com amiodarona ou lidocaína, buscando as causas reversíveis para arritmia.

A desfibrilação é indicada para arritmias ventriculares, não para taquicardias supraventriculares com QRS estreito, especialmente em uma paciente estável. A abordagem com amiodarona ou lidocaína é mais apropriada para arritmias ventriculares ou situações hemodinamicamente instáveis.

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A questão apresenta o caso de uma paciente jovem que chega ao pronto-socorro com taquicardia supraventricular (TSV) e QRS estreito, sem sintomas graves associados, como dor torácica ou síncope. A alternativa A é a resposta correta e propõe uma abordagem inicial conservadora e eficaz. A manobra vagal é uma técnica de primeira linha que tenta aumentar o tônus parassimpático e interromper o circuito de reentrada responsável pela TSV, potencialmente revertendo a arritmia sem a necessidade de medicação. Se a manobra vagal for ineficaz, a adenosina é a droga de escolha seguinte, administrada em dose inicial de 6 mg IV em flush rápido, seguida de bolus com solução salina e elevação do membro para promover a rápida chegada da medicação ao coração. A adenosina atua temporariamente bloqueando a condução através do nódulo atrioventricular, o que pode interromper a TSV. As outras opções (B, C e D) sugerem abordagens mais invasivas ou adequadas para pacientes instáveis ou com outras formas de taquicardia. A cardioversão (B) ou desfibrilação (D) são medidas para arritmias hemodinamicamente instáveis ou quando há sinais de instabilidade. A atropina (C) é usada para bradicardia e não para taquicardia supraventricular. Portanto, a resposta correta é a opção A, pois segue a abordagem recomendada para o tratamento inicial de pacientes estáveis com TSV.

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