O conceito de foco em psicoterapia breve é de fato impresci...
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Vamos entender a questão e as alternativas fornecidas sobre o conceito de foco em Psicoterapia Breve.
Alternativa Correta: C
A alternativa C é a incorreta porque apresenta uma ideia equivocada. A Psicoterapia Breve, apesar de ser mais focada e ter um tempo limitado, não significa que as questões não sejam trabalhadas em profundidade. A profundidade do trabalho terapêutico depende das necessidades do paciente e da abordagem do terapeuta.
Vamos agora comentar as outras alternativas:
Alternativa A: É correta ao afirmar que qualquer escolha de focalização pode ser considerada arbitrária e artificial, refletindo muitas vezes a preferência teórica do terapeuta. Isto ocorre porque a definição do foco pode variar conforme a abordagem teórica utilizada.
Alternativa B: Também é correta. O foco em Psicoterapia Breve é necessário para estabelecer um acordo sobre o que será trabalhado, e isso facilita a colaboração entre paciente e terapeuta, tornando o processo mais eficiente e direcionado.
Alternativa D: Está correta ao mencionar que o foco pode estar relacionado às características de personalidade e à situação de crise do paciente. Isso porque a focalização em Psicoterapia Breve muitas vezes se baseia nas queixas imediatas e nas necessidades mais urgentes do paciente.
Alternativa E: É correta ao afirmar que o foco é imperativo na Psicoterapia Breve. Ele delimita os assuntos a serem tratados e dá sentido ao prazo estabelecido, conferindo clareza e objetividade ao processo terapêutico.
Resumindo, a alternativa incorreta é a C, pois ela desfaz um equívoco comum: a ideia de que trabalhar com um foco implica em superficialidade.
Continuo à disposição para qualquer dúvida ou esclarecimento adicional!
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O foco aparece, então, como orientador de toda teoria e condição essencial de eficácia em psicoterapia breve, muitas vezes chamada de psicoterapia focal. O foco ou conflito focal refere-se ao conflito ou situação atual do paciente, subjacente ao qual existe o conflito nuclear exacerbado. Esse foco deve ser resolvido por ação direta e específica, negligenciando os outros aspectos da personalidade. Fiorini (2004) deu a essa estratégia de atenção seletiva o nome de “omissões deliberadas”, no qual se deve deixar passar material atraente sempre que este se mostre irrelevante ou afastado do foco.
Enquanto no tratamento psicanalítico a duração não é determinada de antemão, prolongando-se durante anos, nas terapias breves é comum que se fixe um prazo previamente, e que seja mais curto, em geral alguns meses. Essa peculiaridade se justifica pelo fato de que, “quando se fixa um prazo de encerramento, este cria invariavelmente uma situação bastante diferente (...) influenciando de modo decisivo os diferentes aspectos do vínculo terapêutico, em especial a finalização do tratamento”. (Braier, 1991, p. 19).
''Observando com justa atenção, qualquer escolha de focalização é arbitrária e artificial, tão-somente conjeturando a preferência teórica do terapeuta.'' É impossível que isso esteja certo
Psicoterapia Breve não precisa fluir dessa maneira, ela pode ser de curta duração e profunda, pode ser breve no tempo e duradoura em seus efeitos. Mauro Hegenberg
Focalização A escolha do foco é questão controversa, pois os autores preferem diferentes focalizações. Observada atentamente, qualquer proposta de focalização é arbitrária e 46 artificial, apenas refletindo a opção teórica do terapeuta. Em todo caso, a demanda do cliente deve estar contemplada no foco, assim como seu sintoma, sua queixa, suas características de personalidade, sua crise e algum tipo de explicação psicológica. Diante da dificuldade de escolha, a melhor opção não seria justamente não existir foco algum? Uma alternativa possível seria não escolher um foco e deixar que o processo da Psicoterapia Breve conduza as sessões ao sabor do encontro que ocorre na prática da psicoterapia que se dá no par terapeuta-paciente. Entendo que o foco é necessário para haver um acordo entre paciente e terapeuta sobre o que seria importante trabalhar naquele momento. Para mim, é uma forma do terapeuta informar (ao paciente) que ele entendeu seu problema atual, que está ciente da razão pela procura da terapia. Ao estabelecerem acordos em relação ao foco, analista e cliente estarão concordando com o motivo principal da consulta e com a questão a ser contemplada na terapia. É uma forma de acordo, um plano inicial de trabalho, que pode ou não ser seguido, pois as condições do processo podem, ou não, se modificar. No fundo, não sabemos o final que terá o processo. pag 46 do livro psicoterapia breve de Mauro Hegenberg. . A QUESTÃO É BASEADA INTEGRALMENTE NESSE LIVRO
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