No trecho: “Quando realmente há afinidade, qualquer reencon...
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Ano: 2022
Banca:
METRÓPOLE
Órgão:
SAAE de Valença - BA
Prova:
METRÓPOLE - 2022 - SAAE de Valença - BA - Engenheiro Civil ou Sanitarista |
Q2036542
Português
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Leia o texto.
AFINIDADE
Afinidade é um dos poucos sentimentos que
resistem a todo e qualquer tempo. A afinidade não é o
mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante
dos sentimentos.
É o mais independente. Não importa o tempo, a
ausência, os adiamentos, as distâncias, as
impossibilidades.
Quando realmente há afinidade, qualquer
reencontro retoma a relação no exato ponto em que foi
interrompido. Retoma também o diálogo, a conversa, o
afeto.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do
subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o
passageiro. Do básico sobre o superficial.
É muito raro ter afinidade.
Mas quando existe não se precisa de códigos
verbais para se expressar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e
permanece depois que as pessoas deixaram de estar
juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um
afim, sai simples e claro diante de alguém com quem
você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem
ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras.
Afinidade é jamais "sentir por".
Quem "sente por", confunde afinidade com
masoquismo, mas quem "sente com", avalia sem se
contaminar.
(...)
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não
aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais
esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades
exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retornar à relação no ponto em que
parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas ou tiradas
pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser,
cada vez mais a expressão do outro sob a forma
ampliada do eu individual aprimorado.
Do livro: "Alguém que já não fui" Artur da Távola,
pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de
Barros – Adaptado
Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/cgi-bin/ch.cgi
No trecho: “Quando realmente há afinidade, qualquer
reencontro retoma a relação...”, a vírgula foi empregada
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