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Cidades inteligentes e urbanização eficaz
A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas urbanas.
Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.
Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do desenvolvimento das cidades.
O conceito de “cidades inteligentes” está diretamente ligado à infraestrutura e à capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro urbano.
Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.
(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)