O soro indicado no tratamento do envenenamento por serpente...

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Q2447869 Enfermagem
O soro indicado no tratamento do envenenamento por serpente do gênero Micrurus, mais conhecida como coral verdadeira, é:
Alternativas

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Alternativa correta: A - Soro antielapídico

Vamos entender o porquê:

A questão aborda o tema de envenenamento por serpentes, especificamente do gênero Micrurus, mais conhecida como coral verdadeira. Este é um tópico essencial na área de Acidentes com Animais Peçonhentos, um conhecimento fundamental para profissionais de enfermagem, especialmente aqueles que atuam em emergências e áreas rurais.

Para resolver a questão, é necessário conhecer os diferentes tipos de soros antiofídicos e suas indicações específicas:

A - Soro antielapídico: Este soro é indicado para envenenamentos por serpentes do gênero Micrurus (coral verdadeira). As serpentes desse gênero possuem veneno neurotóxico, que afeta o sistema nervoso central e periférico, podendo levar a paralisia e insuficiência respiratória. O soro antielapídico é a opção correta, pois neutraliza as toxinas específicas desse veneno.

B - Soro anticrotálico: Este soro é indicado para envenenamentos por serpentes do gênero Crotalus, como as cascavéis. O veneno crotálico tem ação neurotóxica e miotóxica, mas a composição do veneno é diferente das corais verdadeiras. Portanto, este soro não seria eficaz no envenenamento por Micrurus.

C - Soro antibotrópico: Indicado para envenenamentos por serpentes do gênero Bothrops, que inclui jararacas e outras espécies. O veneno botrópico possui ação proteolítica, coagulante e hemolítica, diferente do veneno neurotóxico das corais verdadeiras.

D - Soro antilaquético: Utilizado para envenenamentos por serpentes do gênero Lachesis, como a surucucu. Este tipo de veneno também possui propriedades diferentes das corais verdadeiras, principalmente com ação proteolítica.

E - Soro antilonômico: Este soro é específico para acidentes com lagartas do gênero Lonomia, que causam uma síndrome hemorrágica. Não tem relação com envenenamentos por serpentes.

Quero destacar a importância de conhecer as características dos venenos e os soros antiofídicos apropriados para os diferentes tipos de serpentes. Isso é crucial para a adequada assistência ao paciente vítima de envenenamento.

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BIZU:

CROTÁLICO - CASCAVEL

LAPÍDICO - SURUCUCU

BOTRÓPICO -JARARACA

ELAPÍDICO - CORAL VERDADEIRA.

CRO-CA

LA-SU

BO-JA

ELA-CO

A alternativa A - Soro antielapídico é a resposta correta porque o gênero Micrurus, ao qual pertence a coral verdadeira, consiste em serpentes elapídicas. As serpentes do gênero Micrurus são conhecidas por produzirem um veneno neurotóxico, que afeta o sistema nervoso da vítima e pode levar à paralisia respiratória e morte. O soro antielapídico é específico para neutralizar o veneno das serpentes elapídicas, que inclui não apenas as corais verdadeiras, mas também outras serpentes de veneno neurotóxico semelhante. Cada um dos outros soros mencionados (anticrotálico, antibotrópico, antilaquético e antilonômico) é destinado a tratar envenenamentos por serpentes de diferentes gêneros e com tipos de venenos distintos. O soro anticrotálico é usado para o gênero Crotalus (cascavéis), o antibotrópico para o gênero Bothrops (jararacas e urutus), o antilaquético para o gênero Lachesis (surucucu) e o antilonômico não corresponde a um soro reconhecido para tratamento de envenenamentos por serpentes, sendo, portanto, uma opção incorreta.

alternativa correta: A

considerações clínicas

É importante entender a diferença entre animais peçonhentos e venenosos para o manejo adequado em caso de acidentes. Os peçonhentos têm glândulas de veneno e mecanismos especializados de inoculação, como presas ou ferrões. Já os venenosos possuem toxinas que podem ser prejudiciais quando ingeridas ou manipuladas, mas não têm estruturas para inocular o veneno diretamente.

justificativa

A principal diferença entre animais peçonhentos e venenosos é que os peçonhentos possuem glândulas de veneno e estruturas especializadas, como presas ou ferrões, para inoculação do veneno, como no caso das cobras, aranhas e escorpiões. Já os venenosos, como alguns sapos e peixes, possuem toxinas, mas não têm essas estruturas especializadas de inoculação.

análise das demais alternativas

[B]: Esta alternativa está incorreta, pois a definição de venenoso não envolve glândulas de veneno nem estruturas especializadas para inoculação.

[C]: Embora os animais peçonhentos possuam estruturas especializadas para inoculação do veneno, a alternativa incorretamente sugere que apenas os peçonhentos têm glândulas de veneno, o que não é verdade.

[D]: Similar à alternativa C, essa afirmação está incorreta, pois tanto os peçonhentos quanto os venenosos podem ter veneno, mas apenas os peçonhentos têm estruturas especializadas para inoculação.

resumo

Os animais peçonhentos têm glândulas de veneno e estruturas especializadas para inoculação, enquanto os venenosos não possuem essas estruturas, liberando toxinas de outra forma.

pontos chave

  • Peçonhentos possuem glândulas de veneno e estruturas especializadas para inoculação.
  • Venenosos têm toxinas, mas não estruturas para inoculação direta do veneno.
  • Exemplo de peçonhentos: cobras, escorpiões, aranhas.
  • Exemplo de venenosos: sapos, peixes, algumas plantas.

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