Um recém-nascido com 72h de vida tem história gestacional de...
Um recém-nascido com 72h de vida tem história gestacional de hidroureteronefrose bilateral e distensão vesical. Ao exame físico apresenta-se com distensão abdominal e distensão vesical. A ultrassonografia pós-natal confirma hidronefrose bilateral, os ureteres são dilatados e tortuosos e a bexiga aumentada de tamanho e de parede espessada. A melhor conduta inicial para proteger o trato urinário superior deste paciente é:
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A alternativa correta é a D - drenagem vesical com uma sonda. Vamos entender o porquê.
O caso descreve um recém-nascido com sinais claros de obstrução do trato urinário inferior, manifestados por hidroureteronefrose bilateral e distensão vesical. Essa condição frequentemente sugere a presença de válvulas de uretra posterior, uma causa comum de obstrução urinária em meninos. O objetivo inicial é descomprimir a bexiga para proteger o trato urinário superior, evitando lesões renais.
Drenagem vesical com uma sonda é a opção menos invasiva e mais imediata para aliviar essa obstrução. A colocação de uma sonda vesical rapidamente alivia a pressão na bexiga e nos ureteres, ajudando a preservar a função renal e estabilizar o paciente para procedimentos subsequentes, caso necessários.
Agora, vamos discutir as outras alternativas:
A - drenagem vesical por cistostomia: Embora a cistostomia possa ser uma opção para drenagem vesical, ela é mais invasiva e indicada em situações onde a sondagem vesical não é possível ou eficaz. Não é a primeira escolha em um recém-nascido estável.
B - exame e tratamento endoscópico: O tratamento endoscópico, como a ressecção das válvulas, pode ser necessário posteriormente, mas não é apropriado como medida inicial imediata em um recém-nascido instável com obstrução.
C - realizar uma vesicostomia: A vesicostomia é uma alternativa considerada quando a drenagem através de sonda não é eficaz ou viável. No entanto, é novamente um procedimento mais invasivo do que a sonda vesical e não a primeira abordagem.
E - ureterostomia bilateral: Esta é uma intervenção mais complexa e raramente usada como primeira linha para obstrução urinária inferior. É indicada em casos específicos, geralmente quando há necessidade de desviar o fluxo urinário dos rins diretamente para o exterior, o que não é o caso imediato aqui.
Portanto, a alternativa D é a conduta inicial mais adequada para proteger o trato urinário superior de um recém-nascido com obstrução urinária.
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