Entretanto, tendo começado sua colaboração nos Quaderni stor...
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Ano: 2025
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
TJ-RO
Prova:
Instituto Consulplan - 2025 - TJ-RO - Analista Judiciário - Historiador |
Q3184459
História
Entretanto, tendo começado sua colaboração nos Quaderni storici, em 1978, ele (Carlo Ginzburg) não havia participado diretamente das primeiras discussões sobre a microanálise, ainda que tenha encontrado aí, como já reconheceu mais de uma vez, um
eco familiar das suas próprias preocupações intelectuais. Essas preocupações foram intensamente exploradas em um artigo também publicado em 1979, intitulado “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”, no qual Ginzburg discutia a emergência de um
“paradigma científico” alternativo nas ciências humanas no século XIX, que ele recuperava em um conjunto diverso de contribuições que iam desde as observações metodológicas do crítico de arte italiano Giovanni Morelli até a psicanálise de Sigmund Freud,
passando pela semiótica de Charles S. Pierce e as aventuras detetivescas de Sherlock Holmes, personagem de Conan Doyle. Esse
paradigma, cujas origens remontariam ao saber venatório primitivo, apresentava elementos comuns com a medicina e com outras
formas de conhecimento que se baseavam na leitura de indícios, pistas, fragmentos e sintomas. A história, com sua salutar incapacidade de se desvencilhar dos elementos singulares, individuais e irrepetíveis, disciplina indiciária por excelência, encontrava
seus próprios fundamentos epistemológicos nesse paradigma, que se contrapunha àquele triunfante da física e da ciência
moderna, para quem não há outro conhecimento científico possível senão o das regularidades e das universalidades.
(CARDOSO, Ciro Flamarion Santana; VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da história. Elsevier, 2012. p. 214. Adaptado.)
“Surgiu, na Itália, e se tornou cada vez mais popular no Brasil e na América Latina. É uma metodologia da ciência histórica que leva em consideração fontes e narrativas alternativas:”
(CARDOSO, Ciro Flamarion Santana; VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da história. Elsevier, 2012. p. 214. Adaptado.)
“Surgiu, na Itália, e se tornou cada vez mais popular no Brasil e na América Latina. É uma metodologia da ciência histórica que leva em consideração fontes e narrativas alternativas:”