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Q2541370 Psiquiatria
Um paciente de 45 anos, diagnosticado com transtorno depressivo maior resistente ao tratamento, apresenta resposta parcial a diversos antidepressivos de diferentes classes (SSRIs, SNRIs e tricíclicos) após tentativas de tratamento ao longo de dois anos. Sua história médica inclui hipertensão controlada e diabetes mellitus tipo 2. O paciente relata melhora leve com a combinação atual de venlafaxina e mirtazapina, mas ainda apresenta sintomas significativos de anedonia, fadiga extrema e dificuldades cognitivas.
Considerando essa situação clínica, qual seria a próxima abordagem farmacológica mais adequada para otimizar o tratamento desse paciente?
Alternativas

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Alternativa correta: E - Iniciar um curso de terapia eletroconvulsiva (ECT), considerando a refratariedade do quadro clínico e a presença de sintomas graves.

A questão aborda a psicofarmacologia no contexto do tratamento do transtorno depressivo maior resistente ao tratamento. Para resolvê-la, é necessário ter conhecimento sobre as opções farmacológicas e intervenções não-farmacológicas disponíveis para casos de depressão resistente.

Justificativa da alternativa correta:

A Terapia Eletroconvulsiva (ECT) é uma abordagem eficaz para pacientes com depressão resistente ao tratamento farmacológico, especialmente quando há sintomas graves e refratários, como anedonia intensa, fadiga extrema e dificuldades cognitivas. Dado que o paciente já passou por diversas tentativas de tratamento com antidepressivos de diferentes classes (SSRIs, SNRIs, tricíclicos) e que a combinação atual (venlafaxina e mirtazapina) trouxe apenas uma melhora leve, a ECT se torna uma opção viável e indicada.

Análise das alternativas incorretas:

A - Iniciar a terapia com um antipsicótico atípico como adjuvante: Embora os antipsicóticos atípicos possam ser úteis como adjuvantes em alguns casos de depressão resistente, a história do paciente indica vários ensaios farmacológicos sem sucesso significativo. Além disso, os antipsicóticos atípicos podem ter efeitos colaterais significativos, especialmente em pacientes com comorbidades como hipertensão e diabetes.

B - Substituir a venlafaxina por um inibidor da monoamina oxidase (IMAO): Os IMAOs são eficazes em alguns casos de depressão resistente, mas possuem um perfil de efeitos colaterais e interações alimentares e medicamentosas que podem ser problemáticos, especialmente em pacientes com hipertensão e diabetes, como é o caso do paciente em questão.

C - Introduzir o lítio como adjuvante: O lítio pode ser utilizado como adjuvante em casos de depressão resistente, porém não é garantido que não haja efeitos colaterais. O lítio requer monitoramento frequente dos níveis sanguíneos e pode apresentar toxicidade, o que pode ser arriscado para pacientes com comorbidades.

D - Adicionar um estimulante, como o metilfenidato: Embora os estimulantes possam ajudar com sintomas de fadiga e dificuldades cognitivas, eles não são uma abordagem de primeira linha para a depressão resistente e podem exacerbar a hipertensão e os sintomas ansiosos.

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