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Q3035120 Odontologia
Os anestésicos locais utilizados em odontologia atravessam a barreira placentária por difusão passiva. Além disso, algumas das opções anestésicas disponíveis para a odontologia demonstraram efeitos adversos em crias de animais, sendo que não há estudos controlados em seres humanos. Sendo assim, o cirurgião-dentista, ao prestar atendimento a uma paciente gestante, precisa selecionar o anestésico que seja mais seguro, de acordo com as evidências disponíveis.

A opção de escolha nesse caso é: 
Alternativas

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A alternativa correta é a D: lidocaína a 2% com epinefrina na concentração de 1:100.000 ou 1:200.000.

Quando o cirurgião-dentista atende uma paciente gestante, a escolha do anestésico local deve ser feita com cuidado, levando em consideração a segurança tanto da mãe quanto do feto. Os anestésicos locais atravessam a barreira placentária por meio de difusão passiva, o que significa que eles podem atingir o feto. Por isso, é essencial escolher agentes que tenham um histórico de segurança durante a gravidez.

Por que a lidocaína é a escolha mais segura?

A lidocaína tem sido amplamente estudada e utilizada para gestantes, sendo classificada pela FDA como categoria B. Isso indica que ela não demonstrou riscos em estudos animais e não há evidências de risco em humanos, embora estudos controlados em grávidas sejam limitados. Além disso, a combinação com epinefrina, em concentrações de 1:100.000 ou 1:200.000, ajuda a prolongar o efeito do anestésico e controlar o sangramento local, sem apresentar efeitos adversos significativos para a mãe ou o feto.

Análise das alternativas incorretas:

A - Mepivacaína a 3% sem vasoconstritor: A mepivacaína não é a escolha ideal durante a gravidez, pois está na categoria C da FDA, indicando que os estudos em animais mostraram efeitos adversos, e não há estudos bem controlados em humanos. Além disso, a ausência de vasoconstritor pode levar a uma menor duração do efeito anestésico e maior sangramento.

B - Mepivacaína a 2% com epinefrina: Similar à alternativa A, a mepivacaína é menos segura para gestantes e deve ser evitada quando houver opções mais seguras, como a lidocaína.

C - Bupivacaína a 0,5% com epinefrina: A bupivacaína também é categorizada como C, e seu uso durante a gravidez deve ser evitado devido ao potencial de toxicidade para o feto.

E - Articaína a 4% com epinefrina: Embora a articaína seja eficaz, sua segurança em gestantes não é bem estabelecida, e geralmente é classificada como categoria C. Portanto, não é a melhor escolha quando lidocaína está disponível.

Escolher o anestésico certo é crucial para garantir a segurança da paciente e do bebê. A lidocaína, com sua história de uso seguro, é a opção mais indicada.

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