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Q1748577 Direito Administrativo

Acerca de atos administrativos e de controle e responsabilização da Administração, julgue o item.

A responsabilidade civil do Estado, na modalidade de risco integral, não admite a alegação das excludentes de responsabilidade, razão pela qual os prejuízos causados a terceiros devem ser indenizados independentemente de sua origem.

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A presente questão aborda o temática da denominada teoria do risco integral, a qual, segundo parcela de nossa doutrina, aplica-se em nosso ordenamento apenas em casos excepcionais.

De fato, a referida teoria tem como característica central o fato de não admitir a incidência de causas excludentes de responsabilidade. No ponto, Matheus Carvalho ensina:

"A teoria do risco integral parte da premissa de que o ente público é garantidor universal e, sendo assim, conforme esta teoria, a simples existência do dano e do nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar para a Administração, pois não admite nenhuma das excludentes de responsabilidade."

Correta, portanto, a assertiva aqui examinada.


Gabarito do professor: CERTO

Referências Bibliográficas:

CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª ed. Salvador: JusPodivm, 2017, p. 346.

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Gab. C

Risco Integral = INTEGRAL de fato, não há excludentes (culpa exclusiva, fato de terceiro, caso fortuito ou força maior). É necessário comprovar apenas: comprovação do ato - dano - nexo causal.

Exemplo de casos onde a teoria é aplicada:

Acidentes nucleares

atentados terroristas

danos ambientais.

Segundo Leandro Bortoleto, pela teoria do risco, a responsabilização do Estado se dá de maneira objetiva, sendo necessária, apenas, a demonstração do dano e que este fora causado por agente público. Para o autor há duas espécies:

TEORIA DO RISCO ADM: são adminitidas excludentes de responsabilidade, em razão de caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima e culpa exclusiva de terceiro;

TEORIA DO RISCO INTEGRAL: não são admitidas excludentes de responsabilidade, e o Estado deve indenizar todo e qualquer dano sofrido pelo administrado, ainda que causado por culpa ou dolo da vítima.

Teoria do Risco Administrativo: aceita excludentes e atenuantes de responsabilidade e foi a teoria adotada, em regra, em nossa CF (Causa Atenuante: culpa concorrente da vítima; Causas Excludentes: culpa exclusiva da vítima /culpa exclusiva de terceiros /caso fortuito /força maior; e

Teoria do Risco Integralnão aceita excludentes e atenuantes de responsabilidade, a qual é aplicada nos casos de acidente de trabalho, indenização de seguro DPVAT, atentados terroristas em aeronaves e danos nucleares (maioria da doutrina), é usada no Brasil somente como exceção. 

Gabarito: C

A TEORIA DO RISCO pode ser dividida em teoria do risco administrativo e do risco integral, distinguindo-se pelo fato de a primeira admitir as causas de excludentes de responsabilidade,

enquanto a segunda não admite.

De acordo com a teoria do RISCO ADMINISTRATIVO, o Estado poderá eximir-se da reparação se comprovar culpa exclusiva do particular. Poderá ainda ter o dever de reparação atenuado, desde que comprove a culpa concorrente do terceiro afetado. Em qualquer caso, o ônus da prova caberá à Administração.

A teoria do RISCO INTEGRAL diferencia-se

da teoria do risco administrativo pelo fato de não admitir causas

excludentes da responsabilidade civil da Administração. Nesse caso, o

Estado funciona como um segurador universal, que deverá suportar os danos

sofridos por terceiros em qualquer hipótese.

TEORIA OBJETIVA: Divide-se, em duas risco adm e risco intergral.

Risco Adm. o estado pode alega Excludentes, Risco Intergral não há em se falar de Excludentes.

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