Ao analisar os tempos verbais em destaque no trecho: “Não é...
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Ano: 2024
Banca:
IV - UFG
Órgão:
Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO
Provas:
IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Auxiliar de Serviços Gerais
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IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Copeiro |
IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Jardineiro |
Q2473406
Português
Texto associado
Leia o Texto 4 para responder à questão
Texto 4
Sem censura
Lilia Schwarcz
Não é a primeira vez que o premiado livro de Jeferson Tenório,
Avesso da Pele, é objeto de censura. Antes, foi uma escola
privada em Salvador, agora em Santa Cruz do Sul, no estado
do Rio Grande do Sul.
Um vídeo gravado pela diretora da Escola Ernesto Alves, Janaina Venzon, a mesma que selecionou a obra pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), acusa o livro de usar “palavras de baixo calão” e por trazer situações envolvendo atos sexuais
O PNLD é um programa nacional da maior importância, que avalia, seleciona e disponibiliza obras didáticas e literárias para as escolas públicas das redes federal, estadual e municipal. O romance de Jeferson, cuja construção e narrativa são de uma beleza contundente, foi criticado duramente pela diretora.
O livro foi vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário” em 2021, além de ter tido direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA. O sucesso de crítica e de público não foi suficiente para impedir que todos os exemplares da obra fossem retirados das bibliotecas da cidade “até resposta do governo” — disseram eles.
Vale destacar que foi a própria diretora acusante quem selecionou o livro. Por que mudou de ideia, então? Não será pelos motivos elencados, mas por conta da crítica forte que o autor faz ao racismo vigente no Brasil que, como mostra o romance, estrutura a nossa vida e nossa linguagem. O próprio tratamento que tem sido dado à obra é prova cabal disto. Vergonha.
Um vídeo gravado pela diretora da Escola Ernesto Alves, Janaina Venzon, a mesma que selecionou a obra pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), acusa o livro de usar “palavras de baixo calão” e por trazer situações envolvendo atos sexuais
O PNLD é um programa nacional da maior importância, que avalia, seleciona e disponibiliza obras didáticas e literárias para as escolas públicas das redes federal, estadual e municipal. O romance de Jeferson, cuja construção e narrativa são de uma beleza contundente, foi criticado duramente pela diretora.
O livro foi vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Romance Literário” em 2021, além de ter tido direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA. O sucesso de crítica e de público não foi suficiente para impedir que todos os exemplares da obra fossem retirados das bibliotecas da cidade “até resposta do governo” — disseram eles.
Vale destacar que foi a própria diretora acusante quem selecionou o livro. Por que mudou de ideia, então? Não será pelos motivos elencados, mas por conta da crítica forte que o autor faz ao racismo vigente no Brasil que, como mostra o romance, estrutura a nossa vida e nossa linguagem. O próprio tratamento que tem sido dado à obra é prova cabal disto. Vergonha.
Disponível em: <https://n9.cl/l5qba>. Acesso em: 02 mar. 2024. [Adaptado].
Ao analisar os tempos verbais em destaque no trecho: “Não
é a primeira vez que o premiado livro de Jeferson Tenório,
Avesso da Pele, é objeto de censura. Antes, foi uma escola
privada em Salvador, agora em Santa Cruz do Sul, no estado
do Rio Grande do Sul.”, tem-se, respectivamente: