À Joana D’Arc, a jovem camponesa de dezesseis anos, o Delfim...

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Q2360528 Psiquiatria
À Joana D’Arc, a jovem camponesa de dezesseis anos, o Delfim francês confiou seu exército. Com vestes masculinas e estandarte na mão, a menina afirmava ouvir, nas vozes de São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida de Antioquia, as ordens para que guiasse a França rumo à libertação na sangrenta Guerra dos Cem Anos. A partir dos treze anos, Joana D'Arc vivenciou episódios frequentes de alucinações auditivas de conteúdo exultante ou positivo, que vinham “de fora” da sua cabeça. Estavam associadas a alucinações visuais elementares ou complexas (por exemplo, uma grande luz ou rostos humanos). Estas alucinações tinham início súbito, durando no máximo segundos ou minutos, e ocorriam quando ela estava sonolenta ou durante o sono, despertando-a. Algumas alucinações podiam ser desencadeadas por um estímulo auditivo. No mais, Joana D’Arc mostrava pessoa de humor alegre e uma mente organizada.
Fonte: Nicastro, N., & Picard, F. (2016). doi:10.1016/j.yebeh.2015.12.043
Em consonância com a nosologia psiquiátrica contemporânea, e em conformidade com o raciocínio clínico elaborado na referência supracitada, a história acima é melhor explicada pela seguinte condição clínica:
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