A derrubada do Presidente da República marcou o início do Re...

A alternativa correta é a B - João Goulart.

O tema da questão aborda um marco importante na História do Brasil: o início do Regime Militar, que se prolongou de 1964 a 1985. Para resolver essa questão, é necessário conhecer o contexto político da época e os eventos que levaram ao golpe militar.

O Regime Militar começou após o golpe de Estado de 31 de março de 1964, que depôs o então presidente João Goulart. Ele havia assumido a presidência em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, e enfrentava uma crescente oposição de setores militares e civis, que temiam suas reformas de base e a possível aproximação com o comunismo. Esta deposição marcou o início de uma ditadura militar que durou até a eleição indireta de Tancredo Neves e a subsequente posse de José Sarney em 1985.

Analisando as alternativas:

A - Castelo Branco: Humberto de Alencar Castelo Branco foi o primeiro presidente do regime militar, governando de 1964 a 1967. Ele é conhecido por ter consolidado o regime militar, mas não foi deposto; na verdade, ele foi um dos líderes que ajudaram a implementar o golpe que depôs João Goulart.

C - Jânio Quadros: Jânio Quadros renunciou ao cargo de presidente em 1961, muito antes do golpe militar de 1964. Sua renúncia inesperada abriu caminho para que João Goulart, então vice-presidente, assumisse o cargo presidencial.

D - Juscelino Kubitschek: Juscelino Kubitschek foi presidente do Brasil de 1956 a 1961. Sua administração é lembrada pela construção de Brasília e pelo desenvolvimento econômico, mas ele não estava no poder durante o golpe militar de 1964.

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O processo de instauração do Regime Militar no Brasil foi uma sequência de eventos políticos e militares que culminaram no golpe de 31 de março de 1964, levando à deposição do presidente João Goulart e instaurando uma ditadura militar que duraria até 1985. A seguir, vamos detalhar o contexto e os principais acontecimentos que levaram ao regime militar:

1. Contexto Pré-Golpe: Renúncia de Jânio Quadros (1961)

Jânio Quadros foi eleito presidente em 1960 com um discurso moralista e de combate à corrupção, mas seu governo foi marcado por instabilidade política e medidas controversas, como a aproximação diplomática com países comunistas, o uso de decretos para implementar políticas econômicas e a tentativa de impor uma postura de neutralidade internacional.

Em 25 de agosto de 1961, após apenas sete meses de governo, Jânio surpreendentemente renunciou, alegando "forças ocultas" que o impediam de governar. Sua intenção era forçar um retorno triunfal com mais poderes, mas isso não aconteceu. A renúncia abriu caminho para uma crise sucessória, já que seu vice-presidente, João Goulart (Jango), era visto como um político de esquerda e havia uma forte resistência à sua posse por parte dos setores conservadores, militares e empresários.

2. A Crise da Sucessão e o Parlamentarismo (1961-1963)

Com a renúncia de Jânio, a linha sucessória indicava que João Goulart deveria assumir a presidência. No entanto, Goulart estava em visita oficial à China, e sua chegada ao Brasil gerou um impasse. Partes do alto comando militar não queriam que ele assumisse, temendo que suas ideias reformistas fossem uma ameaça à ordem e aos interesses das elites.

Para solucionar a crise, uma negociação resultou na implementação de um regime parlamentarista, limitando os poderes de Goulart e transferindo parte da autoridade para um primeiro-ministro. Esse modelo foi aceito como um compromisso para evitar um conflito maior. Entretanto, em 1963, um plebiscito devolveu os plenos poderes presidenciais a Goulart, restaurando o presidencialismo, o que ampliou as tensões.

3. Governo de João Goulart e as Reformas de Base (1963-1964)

Uma vez no poder com plenos poderes, João Goulart passou a defender uma série de reformas, conhecidas como Reformas de Base, que incluíam:

• Reforma agrária para redistribuir terras improdutivas.
• Reforma educacional para ampliar o acesso à educação.
• Reforma fiscal e tributária para cobrar mais impostos das elites.
• Reforma eleitoral para ampliar a participação popular.

Essas reformas tinham o objetivo de modernizar o país e diminuir as desigualdades sociais, mas provocaram forte oposição da classe empresarial, dos latifundiários, da Igreja Católica e dos setores conservadores da sociedade. Além disso, a aproximação de Goulart com sindicatos e movimentos sociais, como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), fez com que ele fosse acusado de estar conduzindo o país para o comunismo.

[continua...]

A alternativa correta é:

B. João Goulart.

OBS.: João Goulart foi o presidente deposto durante o golpe de Estado que marcou o início do Regime Militar no Brasil em 1964.