O fragmento textual abaixo, de Machado de Assis, que NÃO ex...

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Q885789 Português
O fragmento textual abaixo, de Machado de Assis, que NÃO exemplifica o discurso indireto livre, é:
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A letra D dá pra identificar perfeitamente o personagem falando com Capitu. Por que então o gabarito e a letra E?

Os tipos de discurso tratam da participação, da fala da personagem dentro da narração. Isso acontece de três maneiras: o narrador apresenta a fala da personagem pela própria personagem (discurso direto), reproduz com sua voz a fala da personagem (discurso indireto) e apresenta o pensamento da personagem no meio da narração (discurso indireto livre).

 

No discurso direto, há a presença de alguns elementos básicos (normalmente todos aparecem): verbo elocutivo (antecipando a fala da personagem), dois-pontos, aspas ou travessão marcando a própria fala.


No discurso indireto, a fala da personagem por meio do narrador aparece dentro de uma oração subordinada substantiva (normalmente objetiva direta ou subjetiva).


No discurso indireto livre, a fala da personagem se insere no meio do discurso do narrador, dando a impressão de que se trata do pensamento do narrador, mas na verdade se trata do pensamento da personagem; neste caso, não há marcas linguísticas claras indicando a fala dela. O bom é que, na maioria das provas, o discurso indireto livre vem pontuado por ponto de exclamação ou interrogação.

 

– O professor pediu aos alunos: “Fiquem quietos”. (discurso direto)

 

– O professor pediu-lhes que ficassem quietos. (discurso indireto)


– Eu, como professor, estava incomodado com um aluno desde o início do ano. Olhava, com raiva e irritado, para esse estudante todos os dias. Quando ele vai parar de me perseguir? O aluno se levantou e pediu para ir ao banheiro. (discurso indireto livre)

 

Prof. Fernando Pestana

Nunca li o livro que a questão usou de referência, mas entendo o discurso indireto livre como aquele em que a história está sendo narrada e, de repente, o narrador começa a pensar consigo mesmo, geralmente através de uma pergunta ou conclusão.

 

Nas letras A e B a pergunta feita pelo narrador para si é clara.

 

Na letra C a narrativa é quebrada pelo pensamento: "deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa”.

 

Na letra D a narrativa é quebrada pelo pensamento: "Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”. ESSE NÃO É O CONSELHO QUE CAPITÚ DEU A ELE, o conselho era apenas para esperar!

 

Na letra E, gabarito, não há quebra da narrativa. O trecho "a borboleta fazia esquecer a crisálida” é uma tentativa de explicação do trecho anterior, com outras palavras. Não se trata de um pensamento do narrador consigo mesmo.

Crisálida é uma espécie de casulo. Assim, a borboleta (moça finamente elegante) fez esquecer a crisálida (origem mediana da moça).

 

Espero ter ajudado =)

A prova é de 2017. Estamos no final de 2019 e ninguém tem capacidade de explicar essa questão convincentemente. Essa prova foi punk!!!!!

Em tempo: o gabarito é a letra "e"

Gabarito Letra E

Entendi dessa forma:

Discurso Direto - transição exata da fala do personagem, sem a participação do narrador. ( PERSONAGEM )

Discurso Indireto - intervenção do narrador, utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala do personagem, sempre na 3ª pessoa. ( NARRADOR )

Exemplo

E) “ Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça ( 3ª pessoa singula ) , a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida”. ( Narrador apenas ). *****GABARITO *****

Discurso Indireto Livre - Aderência do narrador ao personagem, isto é, alem de dizer as falas de outra pessoa, também toma o lugar dela para relatar seus sentimentos e desejos. - ( NARRADOR + PERSONAGEM )

Exemplos:

A) “Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer nela, caso não achasse forças para resistir à separação.( Narrador ) Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior que tudo?” ( Personagem )

B) ”Estácio viu Helena a ler atentamente um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas ( narrador). Seria alguma mensagem amorosa?” ( personagem)

C) Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente ( narrador) ; deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa”.( personagem )

D) ” Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas.( personagem ) Capitu novamente aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”.( narrador )

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