Na execução de uma parede, que faz uso de tijolos cerâmicos ...
Na execução de uma parede, que faz uso de tijolos cerâmicos leves (furados) e não estruturais, de dimensões 11,5 × 14 × 24 cm,
foi utilizada uma argamassa de assentamento de cimento, cal e areia. A parede é externa, de dimensões 6,0 m de comprimento por
3,0 m de altura, sustentada por uma viga baldrame sob todo o seu comprimento e ladeada por dois pilares em suas extremidades, que
lançam suas cargas sobre sapatas de 1 m2 cada uma. Após executada a alvenaria, a parede receberá revestimento argamassado e
estará sujeita às seguintes cargas: peso próprio; cargas acidentais de baixo índice de ventos; carga ocasional devido à capilaridade
de água proveniente das intempéries; e cargas acidentais de um baixo fluxo de pessoas que, ocasionalmente, encostarão na parede.
O terreno onde se apoia a parede é estável, de alto índice de resistência à compressão.
Sobre a correta execução da vedação descrita, considere:
I. Apenas após a execução completa das estruturas de resistência à flexão e das estruturas de fundações é que será possível o início adequado da execução da alvenaria, com ligação entre parede e estruturas feita a partir de chapisco de cimento, areia e aditivo PVA ou outro aditivo semelhante.
II. Como os blocos cerâmicos são furados, pode-se executar os pilares laterais à medida que a alvenaria é lançada, fiada por fiada, amarrando as barras de aço aos arranques da fundação e instalando os estribos, concretando-os logo após a finalização da última fiada de blocos.
III. Para garantir a perfeita amarração entre blocos e pilares, devem ser instaladas barras de aço transversais aos pilares, que serão apoiadas sobre as fiadas de alvenaria, devidamente ancoradas pela argamassa de assentamento, garantindo que não venham a existir fissuras na ligação pilar-alvenaria ou flexão exagerada da parede.
É correto o que consta APENAS em
Comentários
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I- unica correta
I - Alternativa correta
II - Não tenho objeções quanto à concretagem de pilares após a execução da alvenaria, já que isso inclusive melhora a aderência na interface, com o concreto penetrando os furos horizontais dos blocos de vedação. Alguém poderia elucidar o que há de errado nessa prática?
III - O ferro de espera (cabelo) previne as fissuras na interface pilar-alvenaria, mas não tem influência quanto à flexão da parede, que depende da deformação do elemento sobre o qual ela se apóia. Indico para os meus colegas a utilização da tela galvanizada na interface, que verifiquei ser muito mais eficiente do que o ferro de espera. Quando não há tela disponível, os ferros devem ser dobrados, o que melhora sua aderência.
BONS ESTUDOS!
Item I: "...ligação entre parede e estruturas feita a partir de chapisco..."
Se for considerar a ligação com a viga superior (encunhamento), isso tá errado...deveria ser cunha de concreto, ou tijolo a 45°, ou argamassa expansiva...
Para evitar fissuras entre a alvenaria a ser construída e a face dos pilares deve-se utilizar telas galvanizadas de fios até 1,65 mm, com malha 15x15 mm, fixadas aos pilares por pistolas finca-pinos.
Dúvida sobre a expressão "estruturas de resistência à flexão":
"estruturas de resistência à flexão" não inclui o pilar, pois esse elemento é, em essência, uma estrutura de combate à compressão, apesar de poder sofrer flambagem.
É isso?
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