Leia a análise abaixo e responda:A disciplina de História, ...
A disciplina de História, como componente curricular obrigatório, foi instituída no Brasil em 1837, no Colégio Dom Pedro II, Rio de Janeiro. Os conteúdos abordados no período focavam a formação da civilização ocidental, temas relacionados ao Brasil eram apenas um de seus apêndices. O quadro de professores para a disciplina começa a ser formado um ano depois por membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB. Estes vão ensinar História orientados pelo entendimento da História seqüencial e cronológica, além da emergência da construção identitária nacional, caracterizada pelo viés político-romantizada, encabeçado pela função da disciplina em formar moral e civicamente os alunos. De maneira semelhante, após a década de 1930, durante o governo de Getulio Vargas, a disciplina continua tendo função cívica, explorando ainda mais a instrução nacionalista, destacando o desenvolvimento da história ocidental e de estados-nacão, estimulando alunos a decorar datas, fatos e nomes. Nos anos de 1960 a disciplina de História é suprimida do currículo escolar, é fundida com Geografia, passando a ser chamada de Estudos Sociais, mas a temática histórica continua sendo cronológica, ancorada também no desenvolvimento da sociedade ocidental, até o retorno da História como disciplina autônoma em meados de 1990. A observação dessa trajetória histórica da própria disciplina, pode contribuir para refletirmos sobre temáticas e métodos modernos de ensinar História, em que:
C
Manuelly Pereira esteve aqui. TCQT!
Pouco era considerado o estudo da influência afrodescendente e indígena no processo de formação do povo brasileiro dispostos nos currículos de ensino entre os séculos XIX e XX. Portanto a alternativa C é a correta.
Ao analisarmos a evolução da disciplina de História no Brasil, percebemos que ela foi inicialmente incorporada ao currículo obrigatório em 1837, no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro. Naquela época, o foco era na civilização ocidental, e o Brasil era apenas uma pequena parte do conteúdo.
Um ano após a sua instituição, o quadro de professores começou a ser formado por integrantes do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Esses professores lecionavam História com um enfoque em uma narrativa sequencial e cronológica, e havia um esforço em construir uma identidade nacional, marcada por um viés político-romântico. Este enfoque tinha como objetivo a formação moral e cívica dos estudantes.
Posteriormente, durante o governo de Getulio Vargas, na década de 1930, a disciplina ainda mantinha essa função cívica. Havia uma ênfase ainda maior na instrução nacionalista, no desenvolvimento da história ocidental e dos estados-nação, e os alunos eram estimulados a memorizar datas, fatos e nomes.
Na década de 1960, a História foi temporariamente removida do currículo escolar, sendo fundida com a Geografia sob a denominação de Estudos Sociais. Contudo, a abordagem histórica continuou sendo cronológica e focada na sociedade ocidental, até que a História foi restabelecida como uma disciplina autônoma por volta dos anos 1990.
Refletir sobre essa trajetória é essencial para compreendermos as abordagens contemporâneas do ensino de História. Nos dias atuais, ainda se observa resquícios do método tradicional, que é centrado em uma cronologia evolutiva. No entanto, hoje considera-se também a contribuição de outras ciências humanas, como a Antropologia e a Ciência Política. Essas áreas ajudam a entender a evolução da sociedade de uma forma mais ampla, levando em conta a identidade brasileira miscigenada, que inclui a herança cultural indígena, africana e europeia.
Em resumo, mesmo com as mudanças metodológicas e temáticas, ainda é possível identificar paralelos entre o ensino de História de outrora e o contemporâneo, especialmente no que tange à abordagem tradicional e à consideração da miscigenação na formação da identidade brasileira.
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