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Ter carro ainda é símbolo de status, diz especialista
Os governos precisam conscientizar a população para que priorize o transporte público, disse hoje (7/12/16) o pesquisador da Universidade Técnica de Berlim, Marcus Jeutner, ao participar, em São Paulo, do Seminário Desafios Contemporêneos: Empresas, Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, promovido pelo Instituto Ethos. “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, afirmou.
Especialista em mobilidade urbana, o alemão Jeutner é autor de estudo sobre o assunto, produzido na cidade de Chennai, na Índia. “Os carros são bons, eu gosto de dirigir. Mas estamos aumentando custos e causando problemas. É uma questão de educação, explicar [à população] que o uso do carro é pior”, disse. Jeutner é defensor do conceito de cidades inteligentes, que apresentam áreas dedicadas à circulação de pessoas a pé.
Segundo o especialista, as prefeituras erram ao buscar implementar o conceito de cidades inteligentes a partir das melhores práticas de exemplo, como o de Londres. “Nós não focamos na estrutura já existente, combinamos uma ideia adaptada aos desafios locais, ao contexto local. Gosto de me basear nos piores planos e replicar o que pode ser melhorado, não repetir os mesmos erros”, acrescentou.
Segundo a última pesquisa feita em Chennai, em 2008, 26% da população opta por ônibus, 25% utiliza motocicleta, 6% prefere carro e 5% anda de trem. A maior parcela, 28%, anda a pé, já que o custo do transporte público ainda é alto para grande parte dos indianos. “As pessoas não gostam do transporte público, se puderem pagar, preferem o transporte individual, como motocicleta”, ressaltou.
Em comparação, na capital paulista, a circulação dos automóveis reduziu 1,3%, passando de 80,2% em 2014 para 78,9% no ano passado, segundo estudo divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O percentual de motocicletas aumentou 1,2%, um salto de 15,1% em 2014 para 16,3% no ano passado.
Intermodalidade
No seu estudo em Chennai, o especialista concluiu que a intermodalidade “é uma dor de cabeça” para o gestor público, já que o seu mau funcionamento está entre as razões que mais afastam os usuários. “No centro de Chennai, o trem não tem conexão, [o pedestre] tem de cruzar ruas sem faixa de pedestres, andar por viaduto, não tem mapas sobre trajetos dos ônibus”, conta.
Jeutner explicou que a infraestrutura é o esqueleto das cidades, pois a partir dela é possível direcionar o crescimento urbano. No caso do município indiano, as ferrovias que existem há mais de 100 anos determinaram os caminhos da expansão, das periferias e grande número de indústrias, localizadas nos arredores.
Com aumento de renda da população, a quantidade de carros em circulação elevou e foram criadas novas ruas, que se tornaram, desordenadamente, cheias e caóticas. “Em Chennai, as pessoas não confiam no transporte público, elas acabam preferindo o carro e levam três horas [nos seus deslocamentos], assim como ocorre em São Paulo”, disse.
Tanto em São Paulo, quanto em Chennai, o transporte público com intermodalidade são as melhores alternativas ao carro. “Pensem na perda de produtividade das pessoas que estão travadas no trânsito. Elas poderiam brincar com o filho, estudar, trabalhar. Isso causa impacto muito grande na economia global”, afirmou o especialista.
EBC. Ter carro ainda é símbolo de status, diz especialista. Agência Brasil. Disponível em: . Acesso em: 7 dez. 2016 (fragmento adaptado).
Analise as afirmativas a seguir. I. No trecho “É uma questão de educação, explicar [à população] que o uso do carro é pior”, os colchetes foram utilizados para sinalizar uma informação inserida pelo autor do texto. II. No trecho “[...] segundo estudo divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).”, o autor poderia ter optado por utilizar travessão para separar a sigla. III. No trecho “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, as aspas foram utilizadas para marcar mudança de interlocutor. De acordo com o texto e com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:
Alternativas

Gabarito comentado

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Vamos analisar a questão sobre pontuação, que é um tema crucial na compreensão textual. A questão exige que se entenda o uso correto de sinais de pontuação e outros elementos textuais como colchetes, aspas e travessões dentro do contexto de um texto adaptado.

A alternativa correta para a questão apresentada é a D - I, II e III.

Agora, vamos detalhar por que cada uma das afirmativas está correta:

I. No trecho “É uma questão de educação, explicar [à população] que o uso do carro é pior”, os colchetes são usados para introduzir uma informação adicional que não estava originalmente na fala. Esse uso é comum quando se deseja clarificar ou acrescentar uma informação sem alterar a essência do conteúdo original. Portanto, a afirmativa I está correta.

II. No trecho “[...] segundo estudo divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).”, o uso de parênteses para inserir a sigla é uma prática comum, mas poderia ser substituído pelo travessão para destacar a sigla do restante do texto. Assim, a afirmativa II está correta porque sugere uma alternativa válida de pontuação.

III. No trecho “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, as aspas marcam a mudança de interlocutor. Elas indicam a citação direta das palavras de Jeutner, diferenciando-as da narração do texto. Portanto, a afirmativa III está correta.

Todas as alternativas (I, II e III) estão corretas, justificando a escolha da alternativa D como a resposta certa.

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Comentários

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I) assertiva demarca o uso pelo autor do texto da expressão "à população". No item II o travessão pode ser substituído pelo parênteses, sem prejuízo. O item III demonstra a mudança de interlocutor já que foi a fala do autor alemão.

Até agora sem entender

 

Fabricio o autor alemão é o mesmo cara.... Creio que as aspas foram utilizadas para macar uma citação. A assertiva III está errada.

Todas corretas, a III realmente mostra mudança de interlocutor

Marcus Jeutner, ao participar, em São Paulo, do Seminário Desafios Contemporêneos: Empresas, Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, promovido pelo Instituto Ethos. “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, afirmou.

item I) Quando há acréscimo de informação numa citação, bem como quando há acréscimo de comentários em textos, alterando sua forma original.

Como afirmou Descartes: “Penso, logo [eu] existo”

fonte: https://www.normaculta.com.br/colchetes/

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