Fundamentado nas teorias do jornalismo, é incorreto afirmar...

Vamos analisar a questão sobre as teorias do jornalismo e identificar a alternativa correta, ou melhor, a incorreta conforme o enunciado pede.

Alternativa Correta: C - Gatekeeping é conhecida como a Teoria da Ação Pessoal.

Para resolver essa questão, precisamos entender como cada teoria do jornalismo aborda a produção e a disseminação de notícias. Vamos analisar cada alternativa e compreender por que a alternativa C é a incorreta.

A - Teoria da ação política: Esta teoria sugere que as notícias podem ser influenciadas por fatores políticos e ideológicos, impactando a objetividade. Em sua essência, ela admite duas perspectivas: de que jornalistas não têm autonomia por pressão de forças dominantes, ou que os próprios jornalistas têm influência ideológica. Esta afirmação está correta conforme a teoria.

B - Teoria do espelho: Esta teoria propõe que o jornalismo deve ser um reflexo direto da realidade, com objetividade e fidelidade aos fatos. Está correta, pois é assim que esta teoria é geralmente definida.

C - Gatekeeping: A questão descreve equivocadamente o gatekeeping como "Teoria da Ação Pessoal". Na verdade, o conceito de gatekeeping refere-se ao processo de seleção e filtragem de notícias por parte dos jornalistas ou editores, com ênfase no papel de "guardião" que decide o que será publicado, mas não é tipicamente descrito como "ação pessoal". Portanto, essa descrição está incorreta.

D - Teoria organizacional: Esta teoria destaca que as normas e a cultura organizacional de uma empresa de mídia podem influenciar mais a produção de notícias do que a cultura profissional dos jornalistas. Isso está correto e é um ponto de vista comum na análise de como organizações afetam o jornalismo.

E - Newsmaking: Esta teoria argumenta que os meios de comunicação não apenas refletem a realidade, mas também a constroem. Esse conceito está correto, pois enfatiza a influência que as notícias têm na percepção pública da realidade.

Assim, a alternativa C é a incorreta porque deturpa o conceito de gatekeeping, confundindo-o com um aspecto de ação pessoal e subjetiva, o que não está de acordo com a compreensão mais aceita dessa teoria.

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Teoria construcionista (Estruturalista e Interativista)- Diametralmente aposta à Teoria do Espelho, esta linha de investigação concebe como impossível os media simplesmente refletirem à realidade através das notícias, pelo simples fato de que as próprias notícias ajudam a construir a realidade. Para Sousa (2002, p. 5): Para os académicos que perfilham essa explicação [construcionista], as notícias são histórias que resultam de um processo de construção, lingüística, organizacional, social, cultural, pelo que não podem ser vistas como o espelho da realidade, antes são artefactos discursivos não ficcionais -indiciáticos- que fazem parte da realidade e ajudam-na a construir e reconstruir. Assim, o conceito de distorção é visto como inadequado e as atitudes políticas dos jornalistas - observados como relativamente autónomos, (...) - não são entendidas como um factor determinante no processo jornalístico de produção de informação.

fonte: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-1220-1.pdf

 A teoria do newsmaking pressupõe que as notícias são como são porque a rotina industrial de produção assim as determina. Há superabundância de fatos no cotidiano. Sem organização do trabalho jornalístico é impossível produzir notícias.

O processo de produção da notícia é planejado como uma rotina industrial.