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Q708203 Português

De Gutenberg a Zuckerberg

    Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter um espaço para troca de ideias e informações. Desta vez, sobre o mercado digital com suas histórias de bastidores, dados infindáveis, surpresas, o dia a dia de start ups aqui e lá no Vale (sim, o do Silício) e entrevistas com quem sacode este mercado ou é sacudido por ele.

    O título do blog (seria blog, vlog, site, plataforma digital?) vem de From Gutenberg to Zuckerberg: Leveraging Technology to Get Your Message Heard, palestra de Michael Eisner que passa bem além do trocadilho engraçadinho.

    O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia criamos todos os problemas que a humanidade não tinha antes de inventarmos os nossos gadgets, softwares, redes e o que mais pudesse ser desenvolvido em nossas garagens (imaginárias, Wozniak?). Errado. Explico.

    Não criamos nada. Desculpe, amigos, mas é a verdade. Ferramentamos, apenas. Como Gutenberg o fez pelos idos de 1450. No big deal. Repetimos a história. Se o poder saía das mãos de dedos manchados dos monges copistas e passava a um tipo que podia multiplicar exponencialmente os caracteres que formavam a informação, com Zuck e seus contemporâneos deu‐se o mesmo. O jornalista, até então dono absoluto do palco italiano, da bola e do campo, teve que deitar a régua. O que era vertical, top down, passou a ser horizontal, em uma distribuição de informações via iguais.

    Nenhuma novidade aqui. O que as redes sociais fizeram foi repetir o fenômeno evolutivo. Is revolução digital the new revolução industrial? É provável sob muitos aspectos, mas uma revolução somente se conhece a posteriori, contentemo‐nos em evoluir por ora. Não é pouco.

    E sobre criarmos plataformas‐problema, qual foi a primeira rede social que você conheceu? A fofoqueira de sua rua. Ficava na janela, ouvia no máximo 140 caracteres de qualquer conversa, tempo necessário para que o transeunte desavisado percorresse o espaço da fachada da casa da moça. Retuitava ao marido, à filha, compartilhava. De vez em quando, curtia. E quando ia ao salão de beleza, viralizava.

    Não, esta criação não nos pertence. Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok. Mas como sempre fizeram estes seres humanos, gregários, que insistem em viver em uma sociedade em rede.

    Mas agora resolveram chamar de rede social.

(Antonio Guerreiro. Disponível em: http://gutzuck.com/de‐gutenberg‐a‐zuckerberg‐20150105/)

Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter um espaço para troca de ideias e informações.” (1º§) Observe as considerações a seguir em relação ao período destacado e assinale a opção correta.
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa D

a - Errado, pois em "volto a ter um espaço", o "a" funciona como preposição, indicando direção. A crase é PROIBIDA antes de verbos.

b - Errado, porque, mesmo alterando para "de dedicação a funções executivas", a preposição "a" permanece sem a necessidade do artigo definido feminino "as" para formar a crase. Crase PROIBIDA!

c - Errado, pois ambos os "a" do período exercem a função de preposição, não havendo um artigo definido feminino que justifique a formação da crase.

d - Correto. Caso fosse inserido o artigo "as" antes de "funções executivas", formar-se-ia a locução "às funções executivas", com ocorrência obrigatória de crase pela presença do artigo definido feminino plural "as" somando-se à preposição "a".

Gabarito: Letra D.

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Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

Alternativa D.

 

a - Errado, pois 'ter' é verbo, logo crase PROIBIDA.

 

b - Errado, porque continuaria a exigir a prepoisção 'a', entretando não existe artigo 'as' na frase para concordar com o plural.Crase PROIBIDA!

 

c - Errado, o primeiro 'a' é preposição e o segundo também.

ok.

d-

o 'a' é somente preposicao. se houvesse artigo def. 'as', seu encontro com 'a' prep resultaria em crase.

Alternativa D.

o 'a' é somente preposicao. se houvesse artigo def. 'as', seu encontro com 'a' prep resultaria em crase.

A Em “volto a ter um espaço”, a ocorrência de crase possui caráter facultativo. ERRADO, pois é PROIBIDO o uso de crase antes de verbo;

B Substituindo‐se “dedicados” por “de dedicação”, haverá ocorrência obrigatória de crase diante de “funções executivas”. ERRADO, pois permanece a exigência da preposição "a".

C As duas ocorrências de “a” no período indicam tipos diferentes de classes de palavras, tendo em vista a função apresentada no período. ERRADO, pois as duas ocorrências de “a” indicam preposição.

D Caso houvesse a inserção do artigo definido “as” diante de “funções executivas”, o emprego do acento grave indicador de crase seria obrigatório. CERTO, pois o encontro do artigo def. "as'" com 'a' preposição resultaria em crase.

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